Direto do túnel do tempo (269)
RIO DE JANEIRO – Neste domingo tem GP da Áustria de Fórmula 1 e por muito tempo, dos anos 70 aos 80, o circuito de Zeltweg (ou Österreichring, para muitos) foi um dos mais rápidos do automobilismo mundial. Já nas últimas corridas disputadas na chamada Era Turbo, as médias horárias superavam os 256 km/h.
Nos anos 70, a corrida teve picos de enorme popularidade e grande público, pois a Áustria faz fronteira com Alemanha, Itália e Suíça, entre outras nações – e também porque a corrida era disputada no auge do verão europeu. Jochen Rindt e Niki Lauda, os melhores pilotos do país naquele tempo, também contribuíram para o sucesso da corrida.
Em 1971, por exemplo, o GP da Áustria foi justamente o da estreia de Lauda, então um jovem aspirante de 22 anos de idade. Naquela corrida, Emerson Fittipaldi chegou em 2º lugar – melhor resultado do brasileiro naquele ano – e a vitória foi do suíço Jo Siffert, que contou com grande apoio de fãs do seu país para cruzar em primeiro com o BRM P160, a uma média de 211,858 km/h.
Notem na foto acima onde ficavam postados fotógrafos e vários torcedores.
Há 44 anos, direto do túnel do tempo.
Eu publiquei a mesma foto no Twitter, com a mesma observação. Sem dúvida, outros tempos – mais perigosos, mas mais divertidos
E nessa época não havia sequer a chicane após a reta de chegada. Bons tempos em que existiam pistas de verdade e não os verdadeiros labirintos que existem hoje. Maldito Herrmann Tilke!
Zeltweg não é Österreichring…
Em 1960 a organização usou o aeroporto de Zeltweg para fazer a corrida, depois Österreichring foi construído para não atrapalhar o andamento das companhias aéreas…
Mas muita gente, até hoje, chama a pista antiga de Zeltweg ou Österreichring.
O comentário do Pedro é pertinente, as duas “pistas’ se diferenciavam. Mas a resposta do Rodrigo também é verdadeira: depois passou-se a chamar o autodromo de Oisterreichring de Zeltweg…e ai a confusão estava feita.
A pista era desafiadora e linda, pista pra quem tinha braço. Mas era muito estreita, e tinha algumas curvas muito velozes. As areas de escape eram grandes, mas eram de grama e cheias de desniveis, que provocavam serios acidentes, como a incrivel capotagem do De Cesaris.
Quando a transformaram em A1 Ring, alargaram a pista e ajustaram as areas de escape. Mas o traçado…ficou pasteurizado, como o de tantas outras pistas antes fantásticas, tais como Imola, Interlagos, Hockhemheim.
Entre as poucas que ficaram melhor depois de reformas, na minha opinião, estão Silverstone e SPA.
A transmissão dessa corrida era especial, com os cortes de câmera sendo feitos no exato momento em que os pilotos surgiam no topo das grandes retas e curvas, era lindo de ver!
Guardrail de canelas…
Na mosca PRNDSL.
O outro piloto da Lotus nesta corrida foi o sueco Reine Wisell (chegou em quarto).