RIO DE JANEIRO – O Automobile Club de l’Ouest (ACO) anunciou nesta quinta-feira, portanto um dia antes do prazo, quem serão os futuros construtores LMP2 dentro do novo regulamento da categoria, proposto para começar em 2017. Regulamento este que pode pôr em xeque a proposta da própria subclasse para equipes privadas, que tinham uma variedade muito interessante de chassis (Oreca, Morgan, Ligier, Dome, BR Engineering, Gibson e HPD, por exemplo, sem contar a Alpine rebatizando seus Oreca e a Wolf interessada na parceira com a Ibanez Racing).
Como não houve mais termo de discussão, a proposta foi posta em pauta e aprovada. Para nenhuma surpresa, o ACO mantém Oreca e Onroak Automotive – esta construtora dos Ligier e Morgan EVO – no plantel de construtores LMP2. A surpresa foi a entrada da Dallara no lote e o quarto construtor será um consórcio entre a Multimatic do Canadá e os estadunidenses da Riley Technologies. Aí não se trata de surpresa, pois o ACO também visa introduzir naquele mesmo ano só carros LMP2 no Tudor United SportsCar Championship e precisa de um construtor de lá da terra do Tio Sam. A Multimatic, aliás, vai desenvolver o novo Ford GT para o WEC.
A Dallara desbancou não só a Gibson, que há anos tem um projeto de LMP2 Coupé pronto para sair do papel como também os russos da BR Engineering, que pelo visto vão se readaptar à realidade, que talvez seja subir para a LMP1 – ou não, dada a crise que se abateu sobre a equipe de Boris Rotemberg face o embargo econômico imposto pelos EUA àquele país por conta dos conflitos entre russos e ucranianos pelo território da Crimeia. A Dome nem cogitou participar da concorrência. Especula-se que o construtor japonês também está de olho na passagem para a LMP1, a classe principal do WEC.
O ACO considerou os seguintes elementos para a decisão de indicar os quatro construtores selecionados: experiência e reputação; capacidade industrial e de engenharia, além do suporte técnico e de peças; situação financeira; comprometimento com o programa de desenvolvimento; qualidade dos serviços aos clientes; qualidade de projeto e do carro; comprometimento na redução dos custos no fabrico de chassis e no budget das equipes e, por fim, fabricantes europeus e dos EUA que tenham capacidade de atender não só a Ásia como também o resto do mundo.
Quanto ao propulsor, que será único e rebatizado ao gosto dos fregueses, pelo menos no WEC, ELMS e AsLMS, nada foi decidido. No Tudor United SportsCar a IMSA confirmou que haverá mais de um fornecedor de propulsores na série estadunidense.