A Mil por Hora
Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (326)

RIO DE JANEIRO – Foto da prova Duque de Caxias, válida pelo Campeonato Carioca de Automobilismo, em 31 de agosto de 1969. Na Berlineta Mark I, Carlos Erymá. No Lorena Porsche da lendária equipe Colégio Arte e Instrução, o grande Sidney Cardoso. A Lola T70 dos irmãos Márcio e Marcelo de Paoli, que no ano seguinte seria comprada […]

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RIO DE JANEIRO – Foto da prova Duque de Caxias, válida pelo Campeonato Carioca de Automobilismo, em 31 de agosto de 1969. Na Berlineta Mark I, Carlos Erymá. No Lorena Porsche da lendária equipe Colégio Arte e Instrução, o grande Sidney Cardoso. A Lola T70 dos irmãos Márcio e Marcelo de Paoli, que no ano seguinte seria comprada pelo Norman Casari para a criação da equipe Brahma, também correu, como visto neste vídeo.

A lembrança – mais uma – de Jacarepaguá, é para mostrar que uma história foi enterrada sem dó nem piedade e que o olimpismo poderia – e deveria – conviver junto ao automobilismo. Só aqui que isso não acontece: a Rússia nos dá uma aula com a pista de Sochi em meio às instalações onde aconteceram as competições das Olimpíadas de Inverno. Sem contar que no ciclismo paralímpico de Londres 2012 algumas provas aconteceram no circuito de Brands Hatch. E o medalha de ouro numa dessas provas foi ninguém menos que Alex Zanardi, bicampeão da Fórmula Indy que passou também pela F1.

Quem deveria chamar a atenção para o descalabro que foi o fim da pista carioca em prol de um Parque Olímpico repleto de arenas que depois darão lugar a prédios, para júbilo da especulação imobiliária, eram os narradores e comentaristas que têm mais peso do que eu, por exemplo. Perto de um Galvão Bueno, de um Reginaldo Leme, não sou ninguém – muito embora esteja no métier há quase 13 anos –  o que não é pouco.

Eu continuo reclamando o fim de Jacarepaguá.

O que ambos acima citados fizeram na época?



Tento entender o posicionamento do Reginaldo – mas não consigo. Talvez pra não desagradar ninguém, pra ser político e gentil com todo mundo, o Reginaldo não tenha sido uma voz atuante – nem no fim de Jacarepaguá, muito menos agora com o possível fim do Autódromo de Curitiba.

Mas do Galvão eu esperava bem mais. Afinal, pra quem se julga ‘entendido’ em automobilismo e tem uma arma poderosa nas mãos, que é o microfone, não emitir uma opinião sobre Jacarepaguá é dose pra mamute. Agora, quase quatro anos depois, usar cartinha de Cacá Bueno para reclamar um novo autódromo em seu programa no SporTV? Depois da casa arrombada? Tarde demais.

Desculpem pelo necessário desabafo. E aos heróis que fizeram a verdadeira história do automobilismo carioca, meus sinceros agradecimentos e respeitos.

Há 47 anos, direto do túnel do tempo.