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Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (327)

RIO DE JANEIRO – Dia 2 de maio de 1986. Naquela data, o automobilismo perdeu um dos mais promissores pilotos de todos os tempos no World Rally Championship – até hoje lembrado e celebrado: o finlandês Henri Toivonen e seu navegador, o ítalo-estadunidense Sergio Cresto, perderam o controle do seu Lancia Delta S4 no Tour […]

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RIO DE JANEIRO – Dia 2 de maio de 1986. Naquela data, o automobilismo perdeu um dos mais promissores pilotos de todos os tempos no World Rally Championship – até hoje lembrado e celebrado: o finlandês Henri Toivonen e seu navegador, o ítalo-estadunidense Sergio Cresto, perderam o controle do seu Lancia Delta S4 no Tour de Corse, o Rali da Córsega, durante uma das especiais.

O carro caiu numa ravina e explodiu como uma bomba. Morte instantânea de piloto e copiloto. E o que restou foi a carcaça calcinada do carro. Toivonen tinha 29 anos e disputou apenas 40 provas no WRC, com três vitórias, nove pódios e 185 triunfos em etapas especiais. O finlandês, antes de defender a equipe Lancia Martini, passou pela Talbot, Opel e Porsche, sempre com muito brilho.

A tragédia do Tour de Corse marcou o fim da linha dos carros enquadrados no Grupo B, que eram extremamente velozes, por determinação expressa do presidente da FIA Jean-Marie Balestre. O primeiro aviso fora dado no Rali de Portugal, quando o piloto Joaquim Santos se precipitou contra um grupo de espectadores, matando três pessoas e ferindo mais de 30. Numa prova de segunda importância, o então piloto de Fórmula 1 Marc Surer entrou com tudo num poste e feriu-se gravemente. Seu navegador não resistiu e morreu. A carreira de Surer nunca mais seria retomada.

Na foto que ilustra o post, Toivonen e Cresto conduzem o Delta S4 instantes antes do acidente fatal na Córsega.

Há 30 anos, direto do túnel do tempo.