A Mil por Hora
Fórmula 1

Havaianas… Havaianas… Halo!

RIO DE JANEIRO – Nem Shield e nem Aeroscreen: a FIA faz saber, via press release, que o horrendo Halo, que mais parecem tiras gigantes das indefectíveis e popularíssimas sandálias Havaianas, vai mesmo ser introduzido como o novo aparato de segurança dos Fórmula 1. E já para o próximo ano. Decisão tomada na reunião do […]

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RIO DE JANEIRO – Nem Shield e nem Aeroscreen: a FIA faz saber, via press release, que o horrendo Halo, que mais parecem tiras gigantes das indefectíveis e popularíssimas sandálias Havaianas, vai mesmo ser introduzido como o novo aparato de segurança dos Fórmula 1.

E já para o próximo ano. Decisão tomada na reunião do “Grupo de Estratégias” da Fórmula 1, que entre outros assuntos decidiu pela adoção do Halo em detrimento das outras opções apresentadas. O Shield, último testado, foi criticado por Sebastian Vettel por deixar o piloto alemão nauseado.

Sinceramente, não sei se foi a melhor decisão. Esteticamente os carros vão ficar pavorosos. Mas se os pilotos precisam de mais segurança e se é imperioso usar o Halo, paciência.

Automobilismo, desde que o mundo é mundo, é esporte de risco. Quando o piloto começa a se arriscar menos, é que chegou a hora de ir embora. É claro que falamos em vidas perdidas – a última delas foi a de Jules Bianchi, há exatos dois anos. Mas a Fórmula 1, por exemplo, passou 21 anos sem ter ninguém como vítima fatal. O período anterior à tragédia dupla de Imola com Roland Ratzenberger e Ayrton Senna foi de menos de oito anos, desde a perda de Elio de Angelis num teste privado em Paul Ricard e menos de 12 desde que Riccardo Paletti perdeu a vida em Montreal, 1982.

Então, do lado de fora, eu fico sem saber se realmente a opção pelo Halo valerá a pena em todos os sentidos. E ficam no ar algumas questões…

Será que ele resistiria ao peso de um trator se já estivesse protegendo a cabeça de Jules Bianchi em 2014?

Será que se nova mola voar (vai saber, né…), essa porra de Halo vai proteger a cabeça do piloto?