A Mil por Hora
Mundial de Endurance

Silly Season – WEC 2018/19, classe LMP1

RIO DE JANEIRO (atualizada às 17h35) – A última temporada anual do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) termina no próximo dia 18 com a disputa das 6h do Bahrein. A partir de 2018, o campeonato será bienal: começará uma nova era na categoria e a chamada Super Season já movimenta o horizonte, apesar da […]

RIO DE JANEIRO (atualizada às 17h35) – A última temporada anual do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) termina no próximo dia 18 com a disputa das 6h do Bahrein. A partir de 2018, o campeonato será bienal: começará uma nova era na categoria e a chamada Super Season já movimenta o horizonte, apesar da primeira bandeira verde acontecer apenas em maio. As equipes precisam definir seus esquemas e planejar um campeonato que terá duas versões das 24 Horas de Le Mans e mais outras duas corridas em Spa-Francorchamps, além de Silverstone, Fuji e Xangai – além da volta de Sebring, palco da primeira prova da história da competição, em 2012.

E a julgar pela movimentação, parece que o comitê de seleção do WEC (e também o do ACO, para as 24 Horas de Le Mans) terá trabalho, uma vez que a estimativa é de um grid em torno de 32-34 carros e será preciso equalizar o número de inscritos em cada uma das quatro classes existentes.

O interesse tem sido crescente com vistas ao próximo campeonato e a própria LMP1, dada como morta e enterrada porque Audi e Porsche foram embora num espaço de dois anos, recebe um exponencial incremento por conta dos times independentes, que com um novo regulamento técnico em vista se sentem muito mais à vontade para investir com vistas ao futuro.

A Toyota, num sinal de confiança no trabalho da organização do campeonato, deve também permanecer – com o claro objetivo de vencer as 24 Horas de Le Mans. A qualquer preço.

Acompanhe o panorama para a classe LMP1 da Super Season do WEC.

Toyota Gazoo Racing – 2 carros
Toyota TS050 Hybrid

Única equipe oficial de fábrica com presença encaminhada para a próxima temporada, a Toyota quer ganhar em Le Mans a todo custo. Fernando Alonso será uma atração de peso…

A Toyota ainda não confirmou 100%, mas é praticamente certo que a montadora japonesa segue a bordo para a Super Season, com uma evolução do protótipo TS050, o único modelo que disputará a próxima temporada com sistemas híbridos. Dois carros é algo factível, mas não é descartada novamente a inscrição de um terceiro bólido com vistas à disputa das 24 Horas de Le Mans. A Toyota iniciou tratativas para ter Fernando Alonso em Sarthe no próximo ano e hoje o jornalista Andrew Benson, da BBC, assegura aqui que o espanhol e a Toyota já têm tudo acertado. E pode ser que ele faça mais corridas pela marca japonesa…

SMP Racing – 1 ou 2 carros
BR Engineering Dallara (motor AER)

Após uma ótima temporada na LMP2 após Le Mans, a SMP Racing trabalha para pôr em ordem seu projeto de LMP1 com base no chassis italiano Dallara

Os russos da SMP Racing investem alto para a próxima temporada do WEC. Em parceria com a Dallara, a BR Engineering desenvolveu um novo protótipo na plataforma do construtor italiano, no qual será montado um propulsor AER biturbo. A equipe francesa ART Grand Prix cuidará do running do time. Uma apresentação oficial é esperada nas próximas semanas.

CEFC Manor TRS Racing – 1 carro
Ginetta LMP1 (motor a definir)

Grata surpresa do plantel de 2018/19 da LMP1, a Manor terá um carro a tempo inteiro no WEC

A Manor confirmou recentemente a passagem para a classe LMP1 com um protótipo Ginetta a ser equipado com um propulsor ainda a definir. O time britânico com aporte da China não tem perspectivas de alinhar um segundo carro no correr da Super Season. O objetivo é fazer evoluir o pacote técnico e consolidar a equipe na divisão principal antes de se considerar uma expansão do programa.

ByKolles Racing – 1 ou 2 carros
ENSO CLM P1/01 Nismo

A ByKolles tem feito testes em vários circuitos para buscar evoluir seu protótipo com vistas ao próximo campeonato

Única equipe independente presente em parte desta temporada do WEC, a ByKolles deu um tempo das corridas e preferiu após as 6h de Nürburgring iniciar um programa amplo de desenvolvimento e evolução do seu chassis visando a próxima temporada. Têm feito vários treinos e a intenção de regressar em 2018/19 parece bastante clara, contudo sem maiores detalhes específicos como a presença de um ou de dois bólidos, por exemplo.

DragonSpeed – 1 carro
a definir

Outra boa surpresa do grid em 2018/19 será a participação da DragonSpeed, também com um carro

Campeã do ELMS em 2017 sob os auspícios da G-Drive Racing, a DragonSpeed foi até aqui a grande surpresa dentre as equipes anunciadas para a Super Season do WEC na divisão LMP1. O time de Elton Julian confirmou a participação com apenas um carro e já anunciou inclusive dois dos três pilotos – Ben Hanley e Henrik Hedman estarão a bordo. A equipe, contudo, não definiu o pacote técnico – talvez ainda esperando uma real definição quanto ao regulamento técnico. Pode ser que haja uma surpresa, como a vinda da Oreca com seu especulado modelo 09.

Equipe a anunciar – 2 carros
Ginetta LMP1 (motor Mecachrome)

Aqui em maquete de túnel de vento, o protótipo LMP1 da Ginetta está praticamente pronto e será apresentado em breve: os britânicos têm, além da Manor, mais uma cliente ainda não revelada

A Ginetta confirmou – antes de ser anunciada como fornecedora dos chassis da Manor na empreitada desta escuderia na LMP1 – que terá uma outra cliente no WEC em 2018/19. Cliente esta ainda mantida sob o mais absoluto sigilo. O que se sabe é que esta equipe encomendou três carros – dois titulares e um reserva, que deverão ser montados com a unidade Mecachrome V6 3,4 litros com os quais o fabricante assinou contrato.

Total: 8-10 carros

Outras possibilidades:

Com muita tradição entre os times privados de LMP1, a Rebellion projeta a volta à divisão principal. Não será tão pra já, possivelmente para 2019/20

Parece pouco possível para 2018/19, mas a Rebellion Racing pode ser mais uma aquisição bem-vinda à classe LMP1 futuramente. A equipe anglo-suíça tem pedigree entre os times independentes, boa estrutura e organização e pode ser a cabeça de ponte para que a Oreca tenha mais clientes na classe principal – isso se o ateliê de Hughes de Chaunac não assumir de forma operacional o controle de uma equipe participante do Mundial de Endurance. Rumores de que a Onroak Automotive teria interesse em construir um modelo Ligier baseado no regulamento LMP1 estão, de pronto, descartados.