RIO DE JANEIRO – Aproveito o ensejo do retorno do GP da Holanda ao calendário da Fórmula 1 e lhes trago esse registro. Dia 22 de junho de 1975 – data da primeira vitória de James Hunt e a única da Hesketh Racing em sua curta trajetória.
No instantâneo, o britânico ergue em júblio os dois braços no fim da volta de consagração. Claro está que esse flagrante é após a quadriculada da vitória. De costas, está Lord Alexander Hesketh, o homem que apostou cada centavo em James – e levou sua própria equipe à falência.
Cinco meses depois desse instante glorioso, já não havia mais o fausto de uma escuderia que servia champagne e cascatas de camarão a seus convidados. A Hesketh ainda seguiria sob o comando de Anthony “Bubbles” Horsley, mas jamais seria a mesma.
O perdulário Hesketh nunca poderia imaginar que fosse possível, mas Hunt fez uma corrida monumental naquele domingo, resistindo à pressão de Niki Lauda (uma avant-premiére da temporada seguinte e do filme “Rush”) após liderar por 61 voltas, a partir do 15º giro, quando a pista – que estava molhada na hora da largada – começou a secar. Os dois cruzaram a linha de chegada separados por apenas um segundo e seis décimos.
Foi um momento de alívio para os ingleses, uma vez que em dois momentos eles sentiram enorme tristeza com as perdas de Piers Courage em 1970 e Roger Williamson em 1973.
Há 44 anos, direto do túnel do tempo.