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Fórmula 1

Pela bola sete

RIO DE JANEIRO – A Mercedes pode cair fora da Fórmula 1 como equipe em 2021 e o negócio está cada vez mais ficando sério. O grupo Daimler, dono da marca da estrela de três pontas, pode rever o investimento por conta dos custos. A ideia seria seguir na categoria somente como fornecedora de motores […]

RIO DE JANEIRO – A Mercedes pode cair fora da Fórmula 1 como equipe em 2021 e o negócio está cada vez mais ficando sério.

O grupo Daimler, dono da marca da estrela de três pontas, pode rever o investimento por conta dos custos.

A ideia seria seguir na categoria somente como fornecedora de motores – e lembro que para a primeira temporada dentro do novo regulamento, já há uma parceria anunciada com a McLaren. A Williams também segue como cliente.

Normal: a Mercedes fez isso (e foi acionista da McLaren, também) antes de voltar como time ao comprar os ativos da Brawn GP após o título desta escuderia em 2009. E já desde o ano passado se falava numa possível troca com a HWA indo à Fórmula 1 e a Mercedes entrando de sola no ABB FIA Fórmula E.

Contudo, a reunião marcada para o próximo dia 12 de fevereiro pode defnir uma mudança total de rumos e uma rearrumação no tabuleiro de equipes que envolveria gente de dentro da Mercedes e investidores de fora.

A reportagem dos ingleses da RaceFans.net em parceria com a Autocar, também do Reino Unido, revela que Toto Wolff pode se associar a Lawrence Stroll, pai de Lance Stroll, para controlar a equipe – que finalmente marcaria o retorno da Aston Martin à Fórmula 1, usando (óbvio) as instalações de Brackley.

E por que a Aston Martin?

Primeiro porque “daddy” Stroll é um acionista da marca de Gatwick. Segundo, existe igualmente um interesse dos orientais – leia-se chineses – de fazer parte do negócio. E o grupo Geely, dono da Volvo, da Lotus e da Polestar, estaria entre os envolvidos.

Outra coisa: a ida de Stroll para uma possível equipe da Aston Martin abre caminho para outro investidor na Racing Point, com “bala na agulha”: é o russo Dmitry Mazepin, pai do piloto de Fórmula 2 Nikita Mazepin, que além de financiar a carreira do rapaz que disputará a temporada 2020 pela Hitech Racing tem também interesse em tirar o GP da Rússia de Sóchi para outra pista.

Tem mais: na negociação de renovação de contrato, Lewis Hamilton pediu um valor considerado “absurdo” – R$ 1 bilhão por quatro anos. Ele deseja um aumento dos € 42 milhões/ano, que dá quase 200 milhões de Talkeys para € 55 milhões/ano, o que daria R$ 254 milhões.

A Mercedes, se continuar, indica que gostaria de contar com Lewis por somente mais dois anos. O hexacampeão quer o dobro.

A seguir: cenas dos próximos capítulos…