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Fórmula 1

É Pandemia? Ou Pandemônio?

RIO DE JANEIRO – Quarenta e oito horas se passaram desde o anúncio de Sebastian Vettel fora da Ferrari e como estamos? Igual ao meme que ilustra esse post, talvez… Rapaz… não obstante a saída do alemão, a Ferrari se arranjou rápido – até demais. Quebrou uma tradição de muitos anos e trouxe Carlos Sainz […]

RIO DE JANEIRO – Quarenta e oito horas se passaram desde o anúncio de Sebastian Vettel fora da Ferrari e como estamos? Igual ao meme que ilustra esse post, talvez…

Rapaz… não obstante a saída do alemão, a Ferrari se arranjou rápido – até demais. Quebrou uma tradição de muitos anos e trouxe Carlos Sainz Jr., anunciado hoje, 14 de maio de 2020, para o lugar do tetracampeão mundial.

Efeitos da Pandemia. Ou do Pandemônio. Vai saber…

Certo é que sem Sainz Jr., a McLaren também agiu rápido. E formará uma dupla talvez mais carismática para 2021. Golpe de mestre de Zak Brown e Andreas Seidl em tirar Daniel Ricciardo da Renault e trazer o australiano para andar junto a Lando Norris.

Considerando a opção da equipe laranja de se tornar cliente Mercedes, foi o melhor passo que a McLaren poderia dar. A tradicional equipe britânica acertou na escolha, mais do que a Ferrari ao contratar Sainz – que, por sinal, mostrou franca evolução na categoria, foi um piloto que batalhou duro e fez por merecer estar onde estará.

Mas a que preço: a Ferrari, na minha opinião, deixa claro que a prioridade será Charles Leclerc. E por que Maranello teria agido rápido o suficiente para lhe oferecer um contrato de longo período? A Red Bull, lembrem-se, fez muito parecido com Max Verstappen também.

Sobre Vettel e Renault, paira o vestígio da derrota fragorosa. O alemão acabou descartado até pela quarta força da atualidade e eu não sei se, aos 32 anos, ele teria saco para abraçar um novo projeto – e as opções seriam a própria Renault e até a Aston Martin.

Mas sabe-se lá o que passa pela cabeça do Tião. De repente, ele tira um ano sabático, espera Lewis Hamilton se aposentar, destruindo todos os recordes para voltar. Não é impossível…

A Renault é quem tem agora uma enorme batata nas mãos, esquentando e fumegante, para resolver. Ou traz um piloto que justifique o investimento – alguém falou em Alonso, também? – ou aposta num dos seus jovens valores, alguns de talento bem duvidoso, ou sai de vez da Fórmula 1, o que não pode ser nunca descartado.

Certo é que começa a dança das cadeiras e esses movimentos serão sem sombra de dúvidas bem mais divertidos para o próximo ano – e, incrível, o campeonato de 2020 nem começou! – e já estamos falando da futura temporada.

Onde outras cabeças podem rolar: Grosjean, Magnussen, Räikkönen.

É Pandemia? Ou Pandemônio?

A Fórmula 1, como diria Galvão Bueno, EN-LOU-QUE-CEU!