RIO DE JANEIRO – Fora do calendário da Fórmula 1 há praticamente uma década, desde 2011, a Turquia é a novidade para as etapas restantes da temporada 2020, anunciadas pelo Liberty Media nesta terça-feira. O excepcional traçado do Istambul Park – para mim, o melhor projeto do desenhista alemão de circuitos Hermann Tilke – recebe no próximo dia 15 de novembro a décima-quarta etapa do campeonato.
Os donos do espetáculo conseguiram, com soluções honestas e dentro da realidade da Pandemia do Covid-19, entregar um número além do mínimo de 15 etapas por contrato, graças a adoção de algumas rodadas duplas – e a última dessas será no Bahrein. O país do Oriente Médio terá duas etapas em 29 de novembro e 6 de dezembro.
Não está ainda claro se a pista de Sakhir terá provas no anel externo e no traçado de 5,412 km normalmente usado pela Fórmula 1. Lembro que a categoria certa vez usou uma variante ainda maior de pouco mais de 6,2 km de percurso e – reitero – pode ser que exista a chance de uma prova à noite e outra de dia. Nada é impossível.
O campeonato termina dia 13 de dezembro com o GP de Abu Dhabi, na infame pista de Yas Marina, no final de temporada mais tardio da história desde 1963, com a disputa em 28 de dezembro daquele ano do GP da África do Sul. No ano anterior, no mesmo país, o final da temporada ocorrera no dia 29 do mesmo mês.
Com o calendário fechado, isso também significa que duas outras corridas foram canceladas: o GP da China, país onde surgiu o Coronavírus e também o GP do Vietnã, país que sediaria uma corrida da Fórmula 1 pela primeira vez. Assim como o retorno da Holanda, a pista de Hanói ficou para 2021.
Ao todo, nada menos que 13 eventos foram cancelados e só podemos dar os parabéns aos donos do espetáculo por terem resolvido como completar uma temporada dentro das soluções propostas e dos rígidos protocolos de segurança – com casos, é verdade, mas poucos – para o combate ao Covid-19.