A Mil por Hora
Fórmula 1

Saída pela direita? Ou pela esquerda?

RIO DE JANEIRO – Oficial: Sergio Pérez não estará no que será a Aston Martin e hoje é a Racing Point ou, segundo as más línguas, a “Mercedes Rosa”, na temporada 2021 do Campeonato Mundial de Fórmula 1. O piloto mexicano de 30 anos e 182 GPs disputados levará seus préstimos à outra equipe, possivelmente. […]

Não fica: Sergio Pérez anunciou nesta quarta-feira que estará fora do que será a Aston Martin em 2021 – deixando o caminho livre para a equipe comandada por Lawrence Stroll trazer para suas fileiras o tetracampeão mundial Sebastian Vettel

RIO DE JANEIRO – Oficial: Sergio Pérez não estará no que será a Aston Martin e hoje é a Racing Point ou, segundo as más línguas, a “Mercedes Rosa”, na temporada 2021 do Campeonato Mundial de Fórmula 1. O piloto mexicano de 30 anos e 182 GPs disputados levará seus préstimos à outra equipe, possivelmente.

“Tudo na vida tem um começo e um fim”, filosofou. “Após sete anos juntos, minha relação com a atual equipe chega ao fim quando acabar o campeonato deste ano”, comunicou Pérez.

“É doloroso porque eu apostei na equipe mesmo em situações difíceis. Trabalhamos para superar os obstáculos e eu me sinto orgulhoso por ter salvo o emprego de muitos dos colegas de equipe”, disse – referindo-se ao episódio em que seus patrocínios pessoais cobriram dívidas contraídas pela equipe nos tempos de Vijay Malliya, o antigo dono da então Force India.

“Vou guardar as memórias dos grandes momentos que tivemos juntos, a amizade e a satisfação de termos feito coisas bacanas juntos. Serei muito grato a Vijay Malliya pela oportunidade que me deu em 2014 e assim prosseguir minha carreira na Fórmula 1. À administração atual, liderada por Lawrence Stroll, desejo nada mais do que o melhor no futuro, especialmente com o projeto Aston Martin”, finalizou Sergio.

Portas abertas, escancaradas, eu diria, para que Sebastian Vettel, que parecia carta fora do baralho, assumir o posto de piloto da equipe no próximo ano e, quem sabe, ter um novo fôlego na carreira – já que com a Ferrari neste campeonato o tetracampeão do mundo tem tido um ano de percalços, desilusões e péssimos resultados, com apenas 15 pontos somados no Mundial de Pilotos.

Sem um plano B por enquanto – palavras do próprio – Pérez ainda não sinalizou para onde deve ir no próximo ano. Mas há duas opções bem possíveis no horizonte: Alfa Romeo (aliás, ele trabalhou na Sauber) e Haas. Sinceramente, acho esta última até mais factível. A Alfa deve ser um trampolim para pilotos ligados ao Ferrari Driver Academy, para o posto de Kimi Räikkönen, que deve se aposentar.

Romain Grosjean e Kevin Magnussen há muito fazem hora extra e ninguém entendeu como os dois tiveram o contrato renovado para este ano e é natural que possam ficar de fora em 2021. Experiente, com oito pódios na carreira – de dois segundo lugares e seis terceiros – Pérez é uma opção a ser considerada, além do que levaria o que todo dono de equipe na F1 precisa: dinheiro, dos seus patrocinadores pessoais.