RIO DE JANEIRO (Pode acabar, 2020…) – E lá se vai mais um dos heróis musicais de muita gente: o guitarrista/tecladista/compositor/produtor musical Eddie Van Halen, cofundador do grupo que levava seu sobrenome. A notícia de seu passamento foi dada nesta terça-feira, 6 de outubro. Ele não resistiu a um câncer (sempre esta doença fatal!) na garganta.
Holandês de nascimento e batizado Edward Lodewijk Van Halen – o Lodewijk de seu sobrenome é o equivalente a Ludwig (e uma homenagem a Beethoven), Eddie e seu irmão mais velho Alex emigraram junto a seus pais para a cidade californiana de Pasadena. Estabelecidos por lá em 1962, os dois posteriormente se tornariam cidadãos dos EUA, com a naturalização correspondente.
Fã declarado de Eric Clapton, “aprendi a tocar nota por nota todos os solos dele no Cream, pois era minha principal influência”, disse Eddie, o então garoto considerava ‘alucinante’ a canção “I Feel Free”, que ouviu no álbum ‘Fresh Cream’ editado em 1966. Mas a grande referência do artista seria Jimmy Page, lenda do Led Zeppelin.
“Ele era como sou, de uma maneira imprudente e largada no estilo”, comentou certa vez.
Construtor de seus próprios instrumentos – também pudera, seu pai Jan Van Halen também era músico – Eddie começou num grupo chamado The Broken Combs, mas em meados dos anos 1970, surgiu o Van Halen, que estreou em 1977 com sua formação clássica – ele nas guitarras, o irmão Alex na bateria, Michael Anthony no baixo e David Lee Roth nos vocais.
O Van Halen mostrou ao que veio emplacando primeiro ‘covers’ de sucesso como “You Really Got Me”, originalmente de The Kinks e sua versão pesada para “Oh! Pretty Woman”, o clássico de Roy Orbison. Mas também tinham seus clássicos como “Dance The Night Away’, por exemplo.
E foi – coincidentemente – no ano de 1984, com o disco intitulado ‘1984’ que o grupo explodiu com “Panama” e “Jump”, faixas que defniriam um ‘como fazer rock de arena e fazer bem-feito’.
Eddie não se resumia ao Van Halen: seu talento foi emprestado à Michael Jackson. Em “Beat It”, um dos clássicos de ‘Thriller’, é dele o lendário solo arrasa-quarteirão. As outras guitarras foram gravadas por Steve Lukather (músico do Toto, também baixista na mesma faixa) e Paul Jackson Junior.
Em 1986, David Lee Roth foi trocado por Sammy Hagar e a trajetória do Van Halen prosseguiu, porém com menos impacto e sucesso que nos anos anteriores. Hagar saiu também da banda, dando lugar a Gary Cherone, o antigo frontman do Extreme. Não foi uma troca boa e ‘Van Halen III’ foi um grande fracasso de vendagem.
A banda estava ainda na ativa, mas sem álbuns produzidos desde 1997, com David Lee Roth de novo no vocal e Wolfgang Van Halen (filho de Eddie e assim batizado em homenagem a Mozart, de quem o músico também era fã) no baixo.
Há dois anos, Eddie vinha em luta contra um tumor e os tabloides sensacionalistas não hesitaram em ‘matar’ várias vezes o músico, que casou-se com a atriz Valerie Bertinelli (mãe de Wolfgang) e pela segunda vez com a atual mulher, Jane Liszewski, que junto ao filho e ao irmão Alex Van Halen estavam junto ao guitarrista quando ele faleceu no St. John’s Hospital em Santa Monica, na Califórnia.
Em homenagem a Eddie Van Halen, o blog coloca os vídeos de “Jump”, “Panama”, “Oh! Pretty Woman” e “Beat It”.
#RIP