Alonso na Indy
RIO DE JANEIRO – O Flavio Gomes já disse tudo o que eu gostaria de ter dito sobre o Fernando Alonso aqui. O que invalida o “precisamos falar sobre Alonso” que eu queria fazer. Mas, sei lá, talvez eu faça algo nessa linha.
E mais ainda com o que o Victor Martins acabou de trazer com exclusividade no GRANDE PRÊMIO. O destino do espanhol em 2019 será mesmo a Fórmula Indy.
É uma salada. O que se chama de operação conjunta – mas que lá nos EUA costuma dar certo e fazer um certo sentido.
Assim como já aconteceu em 2017, a McLaren faz uma parceria com a Andretti Autosport, usando como terceira via a equipe Harding Racing.
Esta escuderia corre com motores Chevrolet e é por isso que a Harding, via McLaren e Andretti, será a futura equipe de Don Alonso de las Asturias nos Estados Unidos, com dois carros. O segundo tem como candidatos dois jovens da Indy Lights: Colton Herta, filho do antigo piloto Bryan Herta e o mexicano Patricio “Pato” O’Ward.
As associações de Michael Andretti não são novidade e ele vem dando muita conta do recado com sua estrutura abraçando diversas categorias. Na própria Fórmula Indy, a escuderia já trabalhou com a AFS Autosport e a Meyer-Shank Racing (atualmente associada à Schmidt Peterson Motorsports) e hoje dá suporte à Bryan Herta Autosport (BHA). Michael também trabalha com a BMW na Fórmula E e na Supercars da Austrália, associou-se a Zak Brown e sua United Autosports na organização da Walkinshaw Racing.
E quase que parou na Fórmula 1: a Andretti esteve cotada para absorver a Force India e, cá pra nós, Michael Andretti é um cara que diz muito mais respeito ao automobilismo do que Lawrence Stroll.
Cartas na mesa, sobram perguntas: a equipe será competitiva? Alonso vai se adaptar (cabe lembrar que o carro é diferente desse da foto que ilustra o post)? O espanhol será muito cobrado? A Indy será valorizada por sua emissora que detém os direitos no Brasil?
Outra coisa: pelo menos até junho, não há coincidência de datas entre eventos da Fórmula Indy e possíveis provas de Endurance para Alonso competir – as três do WEC que faltarão na Super Season 2018/19 (1000 Milhas de Sebring, 6h de Spa e 24h de Le Mans) e, palpite, as 24h de Daytona. Essa corrida acredito que o espanhol possa voltar no ano que vem.
12h de Sebring? Difícil, mas não impossível.
Mas falando de Toyota e WEC, pode ser que o piloto dispute somente essa temporada pela marca japonesa. Já venceu na estreia em La Sarthe. Se for campeão do mundo, o que é bem plausível, que motivação ele teria para buscar o bicampeonato em 2019/20? Para correr contra o outro carro da equipe como neste ano? Sei não…
E vocês? O que acham?
Cartas para a redação.
É, acho que ele vai correr na Indy até ganhar as 500 de Indianápolis, depois (como diz o grande Edgar Mello Filho – adoro os comentários dele) um abraço pro gaiteiro, vai curtir a aposentadora com as três coroas no bolso.
A Meyer Shank não está mais ligada a Andretti e sim a Schmitd-Petterson.
Obrigado pela correção, Fernando.
Apesar de não ser a praia do Alonso, acho que ele pode dar as caras na Fórmula E em breve.
Acho que vai para uma temporada nessa equipe nanica para ver como as coisas rolam e se adaptar às pistas.
É o que parece, Claudio. Fazer um primeiro ano sem “pressão” ou “cobranças” pra ver o que rola depois.
Um detalhe importante, só a Penske vence com esses motores Chevy a um bom tempo.
Se a Indy será valorizada pela emissora que detém os direitos no Brasil?
Temo que não… infelizmente.
Será que o Alonso pode fazer a Daytona 500 ou alguma outra prova da Nascar?
Quem sabe não faz a corrida de duplas da stock aqui. Do jeito que, por exemplo, a CIMED tá botando dinheiro, seria algo plausível, acho eu.
Quando o piloto é piloto..só vai pra categoria fu dida.. muito acima da que ele estava..
Enquantos uns…bom..deixa….