Caminho aberto

RIO DE JANEIRO – Sebastian Vettel já tem casa nova para a temporada 2021 do Mundial de Fórmula 1: menos de 24h após o anúncio da saída de Sergio Pérez do que será a Aston Martin, hoje Racing Point, o alemão de 33 anos foi confirmado como o futuro companheiro de Lance Stroll na equipe ligada ao construtor de Gatwick.

É um movimento até esperado, já que muito se especulava a respeito desde que foi confirmado que o divórcio entre o alemão e a Ferrari deixou feridas ainda expostas e, mesmo em péssima fase na atual temporada, Vettel ainda é um player de peso no jogo da categoria dentro da pista. Gostando vocês ou não, ele tem quatro tíitulos mundiais – seguidos – e merece respeito.

Assim a Aston Martin, leia-se Lawrence Stroll, mostra que não vem para a categoria para ser apenas coadjuvante. Se haverá briga lá na frente de imediato é outra história. Para Vettel, é uma motivação e tanto, apesar de o outro cockpit ser ocupado pelo filho do dono que, justiça seja feita, tem tido um campeonato de 2020 bem melhor do que o imaginado.

Pérez pavimentou sua saída da equipe, dizem as más línguas, no episódio em que contraiu Covid-19. Aquilo teria soado como irresponsabilidade da parte do piloto mexicano, que perdeu duas corridas e deixou a Racing Point atrás da McLaren no Mundial de Construtores.

E nos bastidores, pegou mal para a direção da futura Aston Martin afirmar que “não negociavam com Vettel”. Otmar Szafnauer e ‘daddy’ Stroll passaram uma imagem de cascateiros. Tanto havia conversas em curso que o acordo já assinado entre equipe e piloto, inclusive, é de “longo prazo”, sem período anunciado. Daí, Pérez também disse ter sido ‘pego de surpresa’ ao saber que não ficaria. Lorota, puro grupo. O mexicano já estava preparado para sair.

Nessa, Vettel se deu bem. Não arranhou sua imagem, seguiu o protocolo de negociações, agiu “na encolha” e chega, apesar de uma campanha abaixo da crítica – não por sua culpa, registre-se: a Ferrari SF1000 é muito ruim como conjunto – nesta temporada, pela porta da frente à Aston Martin. Ele só tem a ganhar com a mudança.

Quanto aos outros? Sem comentários…

Comentários

  • Muito mimimi do mexicano.
    Como diria o Raul Gil: “Pegue o seu banquinho e saia de fininho”.
    Aliás, supervalorizado sem qualquer tipo de justificativa, se bem que, “em terra de cego, quem tem um olho, é rei”.
    E o nível geral do pessoal, exceção dos sabidamente bons, é bem mais ou menos.
    A grande chance, que ele jogou no lixo, foi a McLaren.
    Saiu pela porta dos fundos, mal quisto e mal visto pelo time, por conta do perfil desagregador.
    Como tem padrinho forte, está até hoje na categoria, devendo cavar uma vaga na Haas (quase certeza), ou Alfa Romeo (duvido muito, embora nem Räikkönen nem Giovinazzi estejam garantidos, aposto no Mick Schumacher numa das vagas).
    Segue o jogo.
    Abraço.
    Zé Maria

  • Mattar,

    Vai ser lindo Vettel com tesão renovado, jantando Picaretonso na Alpine e, se tudo ficar assim (ou se até mesmo melhorar muito, não tem como) Leclerc na Ferrari.

    HE HE HE