Capacete de Ouro

RIO DE JANEIRO – Aconteceu ontem em São Paulo mais uma premiação da revista Racing aos melhores do automobilismo. Foi a 16ª edição do Capacete de Ouro, à qual não compareci por motivos bastante óbvios.

Apesar dos pesares, fui um dos votantes e, logicamente, não vou revelar quem foram os meus escolhidos. Agradeço, honestamente, o fato de nenhum assessor de imprensa ter pedido para que eu votasse no piloto que ele divulga. Esse negócio de cabalar votos na base da “amizade” não me convence. Quem vota tem que ser, no mínimo, alguém que esteja acompanhando absolutamente tudo ou quase tudo – por isso me abstive de votar na categoria Revelação, posto que não tive subsídios para escolher nenhum dos três indicados.

Foram distribuídos prêmios em 17 categorias e Cacá Bueno, pentacampeão da Stock Car e tri da Copa Fiat – e que estava num programa de televisão ontem – não compareceu para receber seus dois troféus, referentes à votação dos jornalistas nas categorias Nacional e Copa Fiat. Na Fórmula 1, logicamente, Felipe Massa, que esteve presente na premiação, venceu Bruno Senna e levou o Capacete de Ouro.

Só uma coisa eu não consigo entender: nomes como os de Augusto Farfus e João Paulo de Oliveira, que venceram corridas este ano no DTM e no Super GT, sequer estão entre os indicados ou concorrentes. Haveria um motivo ou explicação para tanto? Oswaldo Negri também não constava de lista alguma e ele venceu as 24 Horas de Daytona. Alguns critérios dessa premiação precisam, talvez, ser revistos.

É apenas uma sugestão…

Vamos aos vencedores da noite:

Top – Hélio Castroneves
Endurance – Xandy Negrão/Xandinho Negrão
Rali – Luccas Arnone/Felipe Costa
Off-Road – Guilherme Spinelli/Youssef Haddad
Porsche Cup – Ricardo Baptista
Porsche Challenge – Sylvio de Barros
Turismo – Vitor Genz
Fórmula 3 – Fernando “Kid” Rezende
Gran Turismo – Cléber Faria/Duda Rosa
Mercedes-Benz Grand Challenge – Márcio Campos/João Campos
Internacional – Luiz Razia
Revelação – Felipe Drugovich
Kart – Vitor Baptista
Fórmula Truck – Leandro Totti
Nacional – Cacá Bueno
Copa Fiat – Cacá Bueno
Fórmula 1 – Felipe Massa

Comentários

  • Realmente uma piada. . .de mau gosto!
    Muito boa a colocação do RM, jabá correndo solto e eleitos um tanto suspeitos. . .
    Sendo que um deles, eleito em dupla, de tão bom que é, está por enquanto á pé para 2013, visto haver sido demitido da equipe “quase da família” pela qual andou e não fez absolutamente nada. . .coisas da vida.
    Zé Maria

  • Apenas para esclarecer algumas dúvidas. Me informei com o Venício, editor da Revista Racing, que promove o evento. Os critérios para eleger os três primeiros baseiam-se nos resultados dos pilotos do dia 1° de janeiro a 31 de outubro. Mas não é a pontuação de cada categoria. É a pontuação que a Racing definiu há vários anos. O primeiro colocado recebe 10 pontos por vitória; o segundo, nove; o terceiro, oito, e assim sucessivamente até 1 ponto. Se o piloto disputa diversas categorias que se encaixam na classe que ele está disputando o prêmio, obviamente ele soma muito mais pontos que outro piloto que competiu menos. Os três que tiveram a maior pontuação até o dia 31/10 são finalistas. A partir daí, o vencedor será definido por uma comissão de 62 jornalistas especializados que acompanharam a temporada. Aí é preferência de cada um. O Farfus disputou apenas 10 provas neste ano, se comparado aos pilotos que disputaram categorias de monopostos na Europa que tem até oito rodadas triplas – 24 corridas. Portanto, o Augusto ficou de fora. Ano que vem a organização do Capacete vai modificar isso e vai encaixar outra categoria “Internacional”. A ver. Abraços.