Direto do túnel do tempo (285)
RIO DE JANEIRO – Houve um tempo em que a Fórmula 1, em busca de novos caminhos, ousou a ponto de não só revolucionar a questão da aerodinâmica como pôr em risco a segurança dos pilotos. O Mundial de 1968 que o diga.
Naquela época, os projetistas começaram a busca desenfreada por mais velocidade e mais pressão aerodinâmica. E como não havia um padrão definido, deitou-se e rolou-se – enquanto não havia um padrão definido e isso só se tornou possível em razão dos vários acidentes que aconteceram depois.
A foto mostra bem do que aquela turma era capaz.
Curva Parabólica de Monza, GP da Itália. Notem a altura da asa traseira do Honda #15 de David Hobbs e, principalmente, a estranha proposta da BRM no carro do mexicano Pedro Rodriguez. Nenhum dos dois, contudo, terminou a prova que foi ganha pela McLaren de Denny Hulme, com Johnny Servoz-Gavin em 2º e Jacky Ickx em terceiro.
Há 47 anos, direto do túnel do tempo.
Não tenho bem certeza, mas parece que a quebra dessas asas, causou o acidente que vitimou Jochen Rindt em Monza, e provocou varios acidentes.
No caso do Rindt não foi isso não, foi uma quebra da suspensão. Ele sequer correu com aerofólios para ter mais velocidade de reta.
Na verdade o que quebrou foi um dos semi-eixos dos freios inboard dianteiros, causando o desvio para a área externa da Parabólica, o choque com o guard-rail com posterior ricocheteio da 72 e os ferimentos fatais, causados principalmente pela falta do 5º ponto do cinto de segurança.