Direto do túnel do tempo (286)

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RIO DE JANEIRO – A bordo deste Tyrrell 007 pintado de vermelho e branco nas cores dos cigarros Lexington, durante a disputa do GP da África do Sul de 1975, está um dos aniversariantes do fim de semana: é Ian Scheckter, irmão mais velho do campeão mundial de Fórmula 1 Jody Scheckter, que completa 68 anos no próximo sábado.

Nascido em East London, Ian sempre esteve à sombra do mano mais talentoso. Enquanto Jody despontou e rapidamente buscou as pistas da Europa, o outro Scheckter marcava passo na Fórmula 1 sul-africana (sim, houve uma), o que lhe permitiu disputar três corridas em seu país entre 1974 e 1976. Ian ainda fez algumas corridas isoladas como substituto de Arturo Merzario e Jacques Laffite na Williams e em 1977, com o apoio da Rothmans, foi contratado pela March para disputar sua primeira – e única – temporada completa.

O sul-africano foi nocauteado pela completa falta de competitividade do 761B e depois do 771, que não andou nada. O melhor resultado de Ian foi um 10º lugar no GP da Holanda e nem de longe a March mostrou o mesmo desempenho do ano anterior, o que queimou completamente a carreira do outro Scheckter na Fórmula 1 – e também a do brasileiro Alex Dias Ribeiro, seu companheiro de equipe.

Seu retrospecto também não foi dos mais favoráveis: disputou 18 GPs e só terminou quatro deles. Na prova da África em 1975, largou num mais do que razoável 17º lugar num grid de 26 carros. Mas acabou de fora da disputa na 55ª volta, envolvido num acidente.

Há 40 anos, direto do túnel do tempo.

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