Especial 24h de Daytona – classe Prototype

RIO DE JANEIRO (atualizado às 19h56) – Para fechar a série de posts especiais sobre as equipes que vão competir no próximo fim de semana nas 24h de Daytona, abertura do IMSA Weather Tech SportsCar Championship, chegou a hora da cereja do bolo – a classe Prototype. Nela estão os antigos DPs da Rolex SportsCar Series, protótipos LMP2 derivados do regulamento ACO/FIA e o esquisito DeltaWing, em seu último ano de uso.

Este será um ano de transição, pois a partir de 2017, tanto o DeltaWing como os DPs saem de cena: só serão aceitos na próxima temporada os protótipos LMP2 dentro do novo regulamento internacional ou os carros DPi (Daytona Prototype International), usando quaisquer dos quatro chassis homologados pelo ACO/FIA – Ligier (Onroak Automotive), Dallara, Oreca e Riley Technologies – que poderão receber conjunto mecãnico de qualquer procedência – desde que sejam motores derivados de produção em série, além evidentemente do bloco Gibson que será fornecido para os times LMP2 no FIA WEC. A centralina eletrônica será padrão, produzida pela Cosworth.

A Prototype é a categoria com o maior chamariz para o fã brasileiro de automobilismo, já que cinco dos sete representantes do país estarão a bordo de carros dessa divisão em Daytona – incluindo o experiente Oswaldo Negri, o atual bicampeão da categoria Christian Fittipaldi e o vencedor das 24h de Daytona ano passado, Tony Kanaan. Isso sem esquecer do estreante e velocíssimo Pipo Derani, que pode surpreender, além de Rubens Barrichello, aquisição de última hora anunciada para a prova.

Vamos às equipes e pilotos da Prototype, portanto.

DELTAWING RACING
Sede: Braselton, Geórgia

Proprietário: Don Panoz
Presidente e COO: Al Speyer
Chefe de equipe: Tim Keene
Diretor técnico: Alan Mugglestone
Chefe de mecânicos: Stephane Chistel

Carro: DeltaWing DWC13
Motor: Élan Power Products 1,9 litro 4L Turbo
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #0 – Katherine Legge (prata)/Sean Rayhall (ouro)/Andy Meyrick (ouro)/Andreas Wirth

Tempos no ROAR – 1’39″955

Última chance: o DeltaWing será visto em sua temporada de despedida com novas cores, remetendo ao Panoz Batmóvel de 2002

O insólito DeltaWing ganhou uma sobrevida para 2016: a equipe decidiu, de última hora, inscrevê-lo na temporada completa do IMSA Weather Tech SportsCar Championship, como uma espécie de despedida para o projeto – que a partir do próximo ano não se encaixa no novo regulamento da série para a divisão Prototype. Outra surpresa foi o visual do carro #0, remetendo à pintura “Spirit of America” usada pelo Panoz Batmóvel LMP1 em 2002. E também o desempenho do carro nos treinos de pré-temporada foi muito bom, virando tempos baixos e com boa performance. O grande problema do DeltaWing, contudo, é sua inconstância. Em algumas pistas o desempenho é ótimo e noutras, medíocre.

Para este ano, a britânica Katherine Legge ganha novo parceiro: o jovem Sean Rayhall, um protegido do experiente Oswaldo Negri, vem para o lugar do mexicano Memo Rojas. Andy Meyrick disputa as quatro provas do NAEC e o alemão Andreas Wirth é a aquisição para as 24h de Daytona.

TEQUILA PATRÓN ESM
Sede: Stuart, Flórida

Tequila Patrón CEO: Ed Brown
Proprietário: Scott Sharp
Diretor de operações: Robin Hill
Chefe de equipe: Tony Leith

Carro: Ligier JS P2
Motor: HPD (Honda) HR35TT 3,5 litros V6 Turbo
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #2 – Scott Sharp (platina)/Pipo Derani (ouro)/Johannes Van Overbeek (ouro)/Ed Brown (prata)

Tempos no ROAR – 1’39″249

Estreante nas 24h de Daytona, o brasileiro Pipo Derani impressionou no teste de pré-temporada em sua primeira prova pela nova equipe, a Tequila Patrón ESM

A equipe estadunidense que fez sua primeira temporada completa no FIA WEC quer mais em 2016. E para isso, fechou um acordo com a Onroak Automotive e passa a ser a representante oficial do construtor francês neste ano, em vez da G-Drive. Não obstante, o time de Scott Sharp e Ed Brown contratou o mais promissor piloto do mercado: o brasileiro Pipo Derani, de 22 anos. Sem ter conhecimento prévio da pista, Derani mostrou que o investimento valeu e fez o melhor tempo do ROAR Before The Rolex 24 após três dias de atividades.

O time da Flórida, cujo patrocinador é o mesmo que dá suporte ao NAEC, deve fazer – no entanto – apenas as duas primeiras provas do ano como preparação para uma temporada de nove provas no Mundial. A tripulação do único Ligier JS P2 inscrito (ainda com o motor Honda, com a cilindrada aumentada para 3,5 litros, registre-se) terá, além de Derani, os patrões Sharp e Brown e o experiente Johannes Van Overbeek.

ACTION EXPRESS RACING
Sede: Denver, Carolina do Norte

Proprietário: Bob Johnson
Chefe de equipe: Gary Nelson
Chefe de mecânicos: Bill Keuler (carro #5) e Kenneth Johnson (carro #31)

Carro: Chevrolet Corvette DP (Coyote)
Motor: Chevrolet 5,5 litros V8
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #5 – João Barbosa (platina)/Christian Fittipaldi (platina)/Filipe Albuquerque (platina)/Scott Pruett (prata)
Carro #31 – Dane Cameron (ouro)/Eric Curran (ouro)/Simon Pagenaud (platina)/Jonathan Adam (ouro)

Tempos no ROAR – 1’39″995 (#5) e 1’40″736 (#31)

Daytona Sign Lighting, December 2015.
João Barbosa e Christian Fittipaldi vêm em busca do tricampeonato da categoria e da segunda conquista em Daytona, com Filipe Albuquerque e Scott Pruett completando a parceria

Atual bicampeã do certame da IMSA, com João Barbosa e Christian Fittipaldi a bordo do carro #5 como pilotos principais, a Action Express trabalha para conquistar o tri e encerrar a trajetória dos seus Coyote DP com ‘casca’ de Chevrolet Corvette com chave de ouro. Além da confiabilidade insuspeita do conjunto, o time de Bob Johnson ganha reforços de enorme peso para as 24h de Daytona no carro dos bicampeões. O português Filipe Albuquerque foi confirmado para as provas do NAEC – uma garantia de que o time não se perderá na falta de comunicação entre os pilotos. E a aquisição de Scott Pruett foi uma tremenda surpresa. Sem ter de Chip Ganassi uma confirmação de que seu antigo time correria nas 24h de Daytona com seus Ford EcoBoost Riley DP, o veterano de 55 anos não só fechou com a Lexus para disputar a temporada parcial do IWSC como também confiou na Action Express para chegar à 6ª vitória na geral e superar a lenda Hurley Haywood, com quem divide o recorde absoluto de triunfos na prova da Flórida.

No carro #31, também permanece a mesma dupla do ano passado, formada por Dane Cameron e Eric Curran, que foi valente e lutou pelo título até o final. Nas 24h de Daytona, eles serão reforçados pelo piloto da Penske na Fórmula Indy Simon Pagenaud e pelo britânico Jonathan Adam, que fez jus à quarta vaga por ganhar o Sunoco Daytona Challenge. Nos testes do ROAR, os bólidos não tiveram grandes problemas e o #5 foi um dos únicos entre os DPs a virar abaixo de 1’40”, numa ótima prestação do recém-chegado Albuquerque.

WAYNE TAYLOR RACING
Sede: Brownburg, Indiana

Proprietário: Wayne Taylor
Chefe de equipe: Wayne Taylor e Max Angelelli
Chefe de mecânicos: Travis Houge
Engenheiro: Brian Pillar

Carro: Chevrolet Corvette DP (Dallara)
Motor: Chevrolet 5,5 litros V8
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #10 – Ricky Taylor (ouro)/Jordan Taylor (platina)/Max Angelelli (ouro)/Rubens Barrichello (platina)

Tempos no ROAR – 1’39″736

A Wayne Taylor Racing traz novamente seu Corvette DP para lutar pelo título do IWSC

Sempre uma concorrente de respeito, a Wayne Taylor Racing aposta mais uma vez no talento dos irmãos Jordan e Ricky Taylor – que, além de serem bons pilotos, fazem muito sucesso nas redes sociais com um arsenal de piadas e brincadeiras para deixar qualquer um de cabelo em pé. Os dois herdeiros do velho Wayne Taylor terão de novo a companhia do veterano italiano Max Angelelli, uma espécie de sócio informal do time, a bordo do carro #10 nas provas do NAEC. E como surpresa de última hora, uma aquisição e tanto: Rubens Barrichello, o recordista de participações na história da Fórmula 1, de tanta experiência no automobilismo, vai disputar as 24h de Daytona pela terceira vez, convidado para integrar o time de Indiana.

A equipe parece disposta a vender caro a concorrência pelo título, prometendo duelar com a Michael Shank Racing, a Action Express e a Spirit of Daytona até o fim da temporada. E mesmo Angelelli, do alto dos seus 49 anos, ainda mostra que tem muita lenha para queimar: o bolonhês foi o piloto mais rápido do carro durante o ROAR Before The Rolex 24, marcando um bom tempo, bastante próximo dos melhores LMP2 e melhor que o esquisito DeltaWing.

SMP RACING
Sede: Monte-Carlo, Mônaco

Proprietário: Boris Rotemberg
Chefe de equipe: Farida Zadl
Engenheiro: Benjamin Durand

Carro: BR Engineering 01
Motor: Nissan VK45DE 4,5 litros V8
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #37 – Nicolas Minassian (platina)/Maurizio Mediani (prata)/Mikhail Aleshin (platina)/Kirill Ladygin (ouro)

Tempos no ROAR – 1’39″899

Projeto do engenheiro Paolo Catone, o protótipo BR01 com motor Nissan faz sua estreia este ano nas 24h de Daytona

Sem ter andado uma única vez em sua curta existência nas pistas com os pneus Continental, padrão do IWSC (exceto na GTLM), o protótipo BR01 Nissan da SMP Racing mostrou ótimos predicados no ROAR Before The Rolex 24. A equipe russa, capitaneada pela experiência do franco-armênio Nicolas Minassian, poderá ser uma das surpresas da corrida, se conseguir aliar velocidade e confiabilidade.

O carro #37 terá, além de Minassian, o italiano Maurizio Mediani e dois russos – Mikhail Aleshin, de malas prontas para voltar à Fórmula Indy, e Kirill Ladygin, que foi o autor do melhor tempo da equipe dos conterrâneos de Lênin nos testes de pré-temporada.

50 PLUS RACING/HIGHWAY TO HELP
Sede: Chattanooga, Tennesee

Highway To Help Foundation CEO: Brian Johnson
Chefe de equipe: Peter Baron

Carro: BMW Dinan Riley Mk XXVI DP
Motor: BMW 5 litros V8
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #50 – David Hinton (bronze)/Byron DeFoor (bronze)/Dorsey Schroeder/Jim Pace (prata)/Thomas Grüber

Tempos no ROAR – 1’43″330

A Highway To Help volta a arrecadar fundos para o combate ao Mal de Alzheimer durante as 24h de Daytona

E lá vem eles de novo: a equipe Highway To Help, que tem como dínamo o vocalista do lendário grupo de rock AC/DC Brian Johnson, volta às 24h de Daytona para arrecadar fundos de combate ao Mal de Alzheimer. O próprio Brian, que já esteve a bordo de um carro de competição há alguns anos, hoje está impedido por contrato de se arriscar nas pistas. Quando está em turnê, ele não pode competir.

O objetivo não é vencer, até porque os pilotos em sua grande maioria são diletantes ou veteranos – caso de Dorsey Schroeder, 62 anos pra lá de bem vividos. Para 2016, com a assessoria técnica da Starworks de Peter Baron, que fornece o know-how (e o carro, evidentemente), os planos iniciais são de fazer as quatro etapas do NAEC – mas pode ser que tudo acabe já em Daytona. Nos testes do ROAR, a equipe, como era de se esperar, fez o pior tempo entre os carros da principal categoria, rodando na faixa de 1’43”, com Schroeder mostrando que velhos são os trapos.

MAZDA MOTORSPORTS/SPEEDSOURCE
Sede: Coral Springs, Flórida

Proprietário: Sylvain Tremblay
Mazda Motorsports CEO: John Doonan
Chefe de mecânicos: Daryl Fox
Engenheiro: Zach LaGrone

Carro: Mazda SDR-14 (Lola B12/80)
Motor: Mazda MZR-R 2 litros 4L Turbo
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #55 – Jonathan Bomarito (platina)/Tristan Nunez (ouro)/Spencer Pigot (ouro)
Carro #70 – Tom Long (ouro)/Joel Miller (ouro)/Ben Devlin (ouro)

Tempos no ROAR – 1’39″934 (#55) e 1’39″828 (#70)

Transformação: os Mazda da SpeedSource passaram de abóbora para carruagem, com desempenho surpreendente na pré-temporada

O grande espanto da pré-temporada foi o desempenho dos carros da Mazda Motorsports/SpeedSource. Com o fim do fracassado projeto de motor Skyactiv-D com turbodiesel, o construtor japonês refez a velha parceria com a Advanced Engines Research (AER) e saiu do forno um novo propulsor com apenas 2 litros de capacidade cúbica e movido a gasolina – o MZR-R.

Tal como o conto de fadas, só que ao contrário, a abóbora virou carruagem e os dois protótipos do time de Sylvain Tremblay, da noite pro dia, ficaram competitivos. Não é uma garantia que os dois Mazda SDR-14 serão rápidos o tempo todo, pois a IMSA muda o chamado Balance of Performance (BoP) ao sabor do vento. E tudo pode mudar. Mas ninguém esconde o otimismo: nenhum problema mais sério foi verificado nos testes e os dois carros foram sempre rápidos, virando abaixo de 1’40” em suas melhores marcas. A surpresa foi o #70, com Tom Long a bordo, virar mais rápido que o outro bólido, que tem entre seus pilotos o ótimo Jonathan Bomarito. Aliás, a SpeedSource mudou o numeral de #07 para #55, como forma de homenagear os 25 anos da histórica vitória do protótipo 787B nas 24h de Le Mans.

MICHAEL SHANK RACING WITH CURB/AGAJANIAN
Sede: Pataskala, Ohio

Proprietário: Michael Shank
Chefe de equipe: Michael Shank
Chefe de mecânicos: Justin Harnisfager
Engenheiro: Dale Wise

Carro: Ligier JS P2
Motor: HPD (Honda) HR35TT 3,5 litros V6 Turbo
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #60 – Oswaldo Negri (prata)/John Pew (prata)/AJ Allmendinger (ouro)/Olivier Pla (platina)

Tempos no ROAR – 1’39″438

A Michael Shank Racing espera vencer mais uma vez as 24h de Daytona, no ano em que estreará em Le Mans

Dispondo do único LMP2 competitivo no IWSC ano passado, quando o certame ainda era o Tudor United SportsCar, Oswaldo Negri e John Pew terminaram a temporada na 6ª posição com um segundo lugar em Detroit como melhor resultado. Agora, num ano especial, que marca inclusive a estreia do time de Ohio nas 24h de Le Mans, os dois e mais AJ Allmendinger, além do excelente reforço de Olivier Pla para as quatro provas do NAEC, querem a vitória pela segunda vez na clássica prova da Flórida.

O carro do time de Michael Shank continua rápido e os pilotos também – em especial Negri e também o francês Pla, que conhece bem o chassi Ligier JS P2. Tanto que fez o melhor tempo em duas das sete sessões cronometradas. Mas foi o bom e velho Ozz, que aos 51 anos vai para sua 12ª presença nas 24h de Daytona, que pôs todo mundo no bolso e fez o segundo tempo geral do ROAR, perdendo só para o compatriota Pipo Derani.

VISITFLORIDA.COM RACING/SPIRIT OF DAYTONA
Sede: Daytona Beach, Flórida

Proprietário: Troy Flis
Chefe de equipe: Gary Grossenbaucher
Engenheiro: Rick Cameron

Carro: Chevrolet Corvette DP (Coyote)
Motor: Chevrolet 5,5 litros V8
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #90 – Ryan Dalziel (platina)/Marc Goossens (ouro)/Ryan Hunter-Reay (platina)

Tempos no ROAR – 1’40″822

A equipe de Troy Flis tem novos recrutas para o IMSA Weather Tech SportsCar Championship: o escocês Ryan Dalziel e o belga Marc Goossens

Vice-campeã em 2015 com os pilotos Richard Westbrook (agora na Ford) e Michael Valiante (dispensado), a VisitFlorida.com Racing, mais conhecida como Spirit of Daytona, faz altas apostas em busca do título que lhe escapou na Petit Le Mans, a última prova da temporada passada. O carro #90 terá uma tripulação novinha em folha, mesclando experiência, velocidade e maturidade. O escocês Ryan Dalziel é a grande aquisição de Troy Flis para compor a dupla com Marc Goossens em quase todas as provas da temporada.

Quando digo quase é porque Dalziel, com compromissos já agendados junto à equipe Tequila Patrón ESM no FIA WEC, terá que se ausentar de uma das provas coincidentes no calendário. Por isso, também foi chamado outro bom reforço: Ryan Hunter-Reay, campeão da Fórmula Indy e das 500 Milhas de Indianápolis, que defende a Andretti naquela categoria de monopostos. RHR, autor do melhor tempo do carro #90 no ROAR de pré-temporada, é quem fará as honras de dividir o carro nas quatro provas do NAEC com o belga e o escocês.

CHIP GANASSI RACING
Sede: Indianápolis, Indiana

Proprietários: Chip Ganassi e Felix Sabates
Chefe de equipe: Mike Hull
Chefe de mecânicos: Kent Holden

Carro: Ford EcoBoost Riley Mk XXVI DP
Motor: Ford EcoBoost 3,5 litros V6 Turbo
Pneus: Continental

Pilotos:

Carro #01 – Brendon Hartley (platina)/Alexander Wurz (platina)/Andy Priaulx (platina)/Lance Stroll
Carro #02 – Tony Kanaan (platina)/Scott Dixon (platina)/Jamie McMurray (ouro)/Kyle Larson

Tempos no ROAR – 1’40″665 (#01) e 1’40″415 (#02)

Daytona Sign Lighting, December 2015.
Esta será a última vez que os Ford EcoBoost Riley DP alinham para a disputa das 24h de Daytona

Em sua última aparição na classe Prototype com seus Ford EcoBoost Riley DP, uma vez que o ataque à divisão GTLM será total em 2016, a Chip Ganassi Racing fez o papel de sempre no ROAR Before The Rolex 24. Fingiu-se de morta para dar a impressão de que não terá chances na corrida do próximo fim de semana. O problema é que, desde 2006, a equipe venceu a prova seis vezes. E nunca deve ser considerada carta fora do baralho.

A última conquista na pista de Daytona foi ano passado – e a tripulação do carro #02, que recebeu a quadriculada da vitória, parte em busca do bicampeonato e da 7ª vitória do time na Flórida com mais uma participação do brasileiro Tony Kanaan, que recém-completou 41 anos. No #01, sem Scott Pruett, Chip Ganassi buscou outras alternativas e trouxe um veterano de guerras – ninguém menos que Alex Wurz – para compor a tripulação ao lado de Brendon Hartley (seu antigo rival no WEC), Andy Priaulx e da jovem revelação canadense Lance Stroll, que aliás sofreu um acidente de razoáveis proporções na pré-temporada. Os tempos foram discretos mas, não se enganem: Ganassi não vai entrar nessa disputa para fazer papel de coadjuvante.

Comentários

  • Sempre tenho o hábito de ler a classificação dos pilotos (ouro/prata/platina)
    Duas coisas me chamaram a atenção:
    O Scott Pruett ser ouro e o Oswaldo Negri ser prata. É isso mesmo ?

    • Pruett é prata, assim como o Negri. O que puxa a graduação dos dois para prata é a idade, 55 e 51, respectivamente, e não, obviamente, o desempenho.

  • Teremos Barrichello com o Corvette DP da WTR, o que fará deste carro, sério candidato à vitória…embora, eu ainda prefira – e aposte – num dos carros da Ganassi…

  • quer dizer, que pelo que entendi do novo regulamento pra 2017, os lindos Daytona Prototypes vão ser extintos? Vai tudo ficar com a mesma cara, de LMP1 e LMP2? que pena, esses carros, os Daytona Prototypes são os mais lindos esporte prototipos em ação home na face da terra, será uma lástima deixarmos de ve-los em ação…o que me encantava nessa categoria era exatamente a variedade de estilos, design , motores, enfim, assim, em 2017 vamos mais uma vez pasteurizar mais uma categoria do automobilismo mundial tornando todos os carros iguais ou muito parecidos…. Pena!

    • Lindos? Esses carros não têm a mesma segurança dos protótipos construídos em fibra de carbono, Hilário. Mas fique tranquilo. Os DPi poderão ter a aparência que as equipes desejarem, desde que respeitando as características de construção dos chassis.