Direto do túnel do tempo (346)
RIO DE JANEIRO – Hoje, 20 de setembro, é o dia do 41º aniversário do colombiano Juan Pablo Montoya. O piloto nascido em 1975 na capital Bogotá é um dos mais espetaculares de seu tempo. Pena que tenha vencido apenas sete Grandes Prêmios em 94 participações na Fórmula 1 entre 2001 e 2006, quando deixou a McLaren.
Os grandes momentos do aguerrido sul-americano na categoria máxima vieram na Williams. Em 2003, se não tivesse perdido o GP da Itália para Michael Schumacher da forma como perdeu, acintosamente bloqueado por retardatários, talvez Juan Pablo tivesse ficado na disputa pelo título até o fim. E todos os seus triunfos na F1 foram em pistas consagradas: Monza e Interlagos (duas vezes), Monte-Carlo, Hockenheim e Silverstone.
E foi em Monza que Montoya entrou para a história da categoria.
O vídeo acima mostra como foi a volta mais rápida de todos os tempos num circuito da categoria. A bordo da Williams FW26 de motor BMW, no dia 11 de setembro de 2004 – alguns dias antes de completar 29 anos – Montoya cravou na pré-qualificação do GP da Itália daquele ano o espantoso tempo de 1’19″525 para os 5,793 km do circuito de Monza.
A média horária? DUZENTOS E SESSENTA E DOIS QUILÔMETROS POR HORA – exatamente 262,191 km/h!
Rubens Barrichello fez a pole position para aquela corrida, mas a média horária do brasileiro – 260,395 km/h – e o tempo de 1’20″089 não conseguiram suplantar a histórica performance de JPM. E cabe lembrar que em 2002, também com a Williams BMW, Montoya marcou a pole position com a média de 259,828 km/h, que superou os 259,005 km/h aferidos por Keke Rosberg (também de Williams, mas com motor Honda) nos treinos para o GP da Inglaterra de 1985.
Esse Montoya…
Há 12 anos, direto do túnel do tempo.
Em tempo: o vídeo foi bloqueado para exibição aqui no blog. Só no YouTube para assisti-lo, agora. Tem horas que dá uma raiva enorme do anacronismo da Fórmula 1… tomara que o Liberty Media consiga injetar novos ares à categoria – que anda precisando.
Saiu cedo da F1. Precocemente, diria. O colombiano fez muita falta à categoria.
Do tempo que a F-1 ainda tinha um pingo de dignidade e pilotos que valiam a pena assistir.
Como aqueles pneus “frisados” eram horríveis. Imagina só o tempo de volta com pneus slicks normais. Montoya podia ter ficado mais tempo na F1.
Já tiraram do ar, ô saco.
Tomara que o novo dono da F1 pare com essa babaquice de tirar videos históricos da categoria do ar.
Pois é, Eduardo… Esse Bernie, sinceramente…