Nikolaev recoloca Kamaz no topo do pódio nos Caminhões

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Bicampeão nos Caminhões entre os pilotos, Eduard Nikolaev recoloca a Kamaz no topo entre as marcas – pela 14ª vez na história

RIO DE JANEIRO – Pela 14ª vez na história, a marca russa Kamaz volta a festejar uma vitória no Rali Dakar entre os Caminhões. Os “brutos” do fabricante do leste europeu brilharam com sua insuspeita resistência e o time chefiado pelo “Czar” Vladimir Chagin reconquistou a primazia do topo do pódio após ser batida pela Iveco e por Gerard De Rooy no ano passado.

E a reconquista veio em grande estilo, com dobradinha: o #505 de Eduard Nikolaev/Evgeny Yakovlev/Vladimir Rybakov tornou-se o líder natural do time e chegou à vitória, escudado pelo #513 dew Dmitry Sotnikov/Ruslan Akhmadeev/Igor Leonov.

Para Gerard De Rooy/Moi Torralardona/Darek Rodewald, sobrou mesmo o 3º lugar geral. O holandês se disse “contente” com o resultado – um pódio nunca é ruim. Mas acho que o piloto do Iveco “Bicudo” não digeriu esta derrota direito. E virá forte para tentar mais um troféu em 2018.

Aliás, os caminhões italianos preparados na Holanda foram muito bem, já que Federico “Coyote” Villagra, que dividiu um “bruto” com os compatriotas Arturo Yacopini e Ricardo Torlaschi conseguiram um belo 4º lugar na geral. Nos dois últimos anos, Villagra fez ótimas apresentações e pode incomodar no próximo ano, em busca do primeiro título de um sul-americano na categoria.

A Kamaz fechou o Rali Dakar com três de seus caminhões modelo Master no top 5: o vice-campeão de 2016 Ayrat Mardeev ficou à frente do bielorrusso Aleksandr Vasilievski, o melhor do resto, com um modelo MAZ – igualmente de origem bielorrussa.

Os Tatra Phoenix foram talvez uma das grandes decepções: Ales Loprais, após enfrentar problemas em sequência nos últimos Dakar, conseguiu a 7ª posição geral. E a boa surpresa foi o oitavo posto do Hino 500 Series, fabricado no Japão e conduzido por Teruhito Sugawara. O pai dele, o lendário Yoshimasa Sugawara, terminou o 34º Rali Dakar da carreira na 29ª colocação – tudo isso aos 75 anos de idade.

A marca alemã MAN e a Liaz, da República Tcheca, completaram o top 10 final do Rali, respectivamente com Hans Stacey e Martin Mácik. Ao todo, foram sete construtores diferentes nas dez primeiras posições. Extra-oficialmente, 40 caminhões de um total de 50 que largaram em Assunção aparecem classificados no site oficial do Dakar.

Resultado da etapa #12
Rio Cuarto-Buenos Aires
Total: 64 km cronometrados – 785 km

1. #505 Eduard Nikolaev/Evgeny Yakovlev/Vladimir Rybakov (Kamaz) – 34min25seg
2. #501 Ayrat Mardeev/Aydar Belyaev/Dmitry Svistunov (Kamaz) – a 33seg
3. #511 Siarhei Viazovich/Pavel Haranin/Andrey Zhyhulin (MAZ) – a 44seg
4. #509 Peter Versluis/Marcel Pronk/Artur Klein (MAN) – a 1min09seg
5. #502 Federico Villagra/Arturo Yacopini/Ricardo Torlaschi (Iveco) – a 1min25seg
6. #513 Dmitry Sotnikov/Ruslan Akhmadeev/Igor Leonov (Kamaz) – a 1min49seg
7. #518 Martin Mácik/Frantisek Tomasek/Michal Mrkva (Liaz) – a 2min03seg
8. #500 Gerard De Rooy/Moises Torrallardona/Darek Rodewald (Iveco) – a 2min21seg
9. #522 Aleksandr Vasilievski/Dzmitry Vikhrenka/Anton Zaparoschanka (MAZ) – a 2min37seg
10. #525 Wulfert Van Ginkel/Bert Van Donkelaar/Erik Kofman (Iveco) – a 2min40seg

Classificação geral extra-oficial:

1. #505 Nikolaev/Yakovlev/Rybakov – 27h58min24seg
2. #513 Sotnikov/Akhmadeev/Leonov – a 18min58seg
3. #500 De Rooy/Torrallardona/Rodewald – a 41min19seg
4. #502 Villagra/Yacopini/Torlaschi – a 1h00min04seg
5. #501 Mardeev/Belyaev/Svistunov – a 2h26min50seg
6. #522 Vasilievski/Vikhrenka/Zaparoschanka – a 2h34min57seg
7. #503 Loprais/Stross/Tomanek – a 3h06min56seg
8. #516 T. Sugawara/Sugiura – a 3h18min36seg
9. #504 Stacey/Van Der Vaet/Kupper – a 3h44min56seg
10. #518 Mácik/Tomasek/Mkrva – a 3h54min40seg

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