Olho na World Series by Renault

RIO DE JANEIRO – Começa no fim de semana em Monza, na Itália, mais uma temporada da World Series by Renault. A competição de monopostos, com os motores construídos pelo fabricante francês e chassis Dallara dotados de DRS, terá neste ano 17 etapas, nove rodadas e, com certeza, muita competitividade – como já é hábito no campeonato.

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A temporada 2013 vem repleta de novidades. Uma delas é a entrada de Pietro Fantin na equipe Caterham, onde dividirá as atenções com um dos favoritos ao título, o português Antônio Félix da Costa, o novo enfant gaté da Red Bull. Além do paranaense que veio da Fórmula 3, três outros pilotos brasileiros participam do campeonato: Lucas Foresti saiu da DAMS e foi para a Comtec, André Negrão permanece na Draco e Yann Cunha troca a Pons pela AV Formula.

AUTO - TESTS LE CASTELLET FORMULE RENAULT 3.5 2013

Além do português do carro #3, a World Series by Renault apresenta outros nomes com favoritismo destacado ao título: egresso da GP2 Series, o holandês Nigel Melker vai para a Tech 1 Racing, onde participou Jules Bianchi, hoje na Marussia; além dele, há o belga Stoffel Vandoorne (foto acima), muito bem credenciado pelo título europeu da Fórmula Renault 2.0. Kevin Magnussen, 7º colocado na WSR ano passado, vai andar na DAMS ao lado do francês Norman Nato.

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Entre as possíveis surpresas, é bom observar o jovem e velocíssimo russo Sergey Sirotkin, que impressionou a bordo dos velhos monopostos da AutoGP World Series ano passado; o filipino Marlon Stockinger, que vem da GP3; além do colombiano Carlos Huertas (acima), que dividirá a Carlin com o malaio Jazeman Jaafar, seu antigo rival de Fórmula 3.

Aliás, a World Series by Renault é uma categoria que vem caindo nas graças dos pilotos e dos patrocinadores porque é menos custosa, hoje, que a GP2 Series. Também pudera: com provas concentradas na Europa, a WSR tornou-se uma opção mais barata que a competição rival, cujo nível vem baixando bastante. Espera-se que a temporada 2013 seja tão boa e equilibrada como foi a do ano passado, onde o holandês Robin Frinjs derrotou Jules Bianchi por somente quatro pontos e Sam Bird por dez.

Vamos aos inscritos:

#1 MIKHAIL ALESHIN RUS
Tech 1 Racing

#2 NIGEL MELKER NDL
Tech 1 Racing

#3 ANTÔNIO FÉLIX DA COSTA POR
Arden Caterham Motorsport

#4 PIETRO FANTIN BRA
Arden Caterham Motorsport

#5 STOFFEL VANDOORNE BEL
Fortec Motorsports

#6 OLIVER WEBB GBR
Fortec Motorsports

#7 SERGEY SIROTKIN RUS
ISR

#8 CHRISTOPHER ZANELLA CHE
ISR

#9 MARCO SÖRENSEN DEN
Lotus

#10 MARLON STOCKINGER PHI
Lotus

#11 CARLOS HUERTAS COL
Carlin Motorsport

#12 JAZEMAN JAAFAR MAL
Carlin Motorsport

#15 DANIIL MOVE RUS
SMP Racing by Comtec

#16 LUCAS FORESTI BRA
SMP Racing by Comtec

#17 ANDRÉ NEGRÃO BRA
International Draco Multiracing

#18 NICO MÜLLER CHE
International Draco Multiracing

#19 NORMAN NATO FRA
DAMS

#20 KEVIN MAGNUSSEN DEN
DAMS

#21 WILL STEVENS GBR
P1 Motorsport

#22 MATIAS LAINE FIN
P1 Motorsport

#23 MIHAI MARINESCU ROM
Zeta Corse

#24 EMMANUEL PIGET FRA
Zeta Corse

#25 ZOËL AMBERG CHE
Pons Racing

#26 NIKOLAY MARTSENKO RUS
Pons Racing

#27 ARTHUR PIC FRA
AV Formula

#28 YANN CUNHA BRA
AV Formula

Comentários

  • A decisão Frijns contra Bianchi foi dramááááática… Este ano a categoria vai bombar com a mídia em cima do Felix da Costa

  • Estava aqui pensando com os meus botões, assim como o DTM, a WSR só corre na Europa e também enfileira campeonatos competitivos, bom número de inscritos, boas audiências – tanto nas arquibancadas, quanto televisionado – e bons pilotos.

    Então porque raios alguém ainda acredita no argumento chinfrim da FIA que leva seus dois melhores campeonatos (F1 e WEC) para correr em lugares em que ninguém da a mínima para o esporte?

    Não teria a instabilidade das equipes do WEC e o número de pilotos pagantes da F1 algo a ver com isso?

      • Aqui eu acho é obrigatório, isso sim! rsrs… Bahrein e China são descartáveis e só servem para as equipes gastarem dinheiro que não tem.

        Agora, 3 corridas na Europa é uma piada de mau gosto.

      • Concordo, Gustavo. O ACO tirar os 1000 km de Nürburgring do calendário ou não fazer uma prova no Algarve, em Portugal, naquela tremenda pista, é uma piada.

    • Minha ideia é até radical quanto a WEC e LMS. 6 corridas compartilhadas na Europa, pontos valendo nos dois campeonatos (sem divisões como acontecia em Sebring, por exemplo) P1 presente nos dois certames e inscrições válidas para todo o certame – o que garantiria a exposição em Le Mans as equipes médias e pequenas do continente.

      Com isso, seria relativamente mais fácil para a LMS garantir mais umas 3 ou 4 datas em outros circuitos, já que seus competidores teriam maior exposição. Equipes “continentais” que eventualmente tivessem ido bem nas etapas mundiais poderiam esticar suas presenças a algumas corridas do WEC e teríamos casa cheia o ano inteiro.

      Ou não?

  • É o ano da verdade para Felix da Costa. Até agora sua carreira tem sido guiada de forma a protegê-lo de um embate em situação de campeonato completo. Corridas favoráveis às suas características foram sempre a tônica da sua carreira. No ano de 2012 esteve em pista sem a pressão da temporada nas costas e aí os resultados vieram. A corrida de Macau também foi quase um passatempo, porque a pressão da disputa do título não estava nas suas costa e daí foi possível adotar uma afinação ousada, enquanto os outros pilotos adotaram afinações conservadoras pensando em terminar a corrida. Nos últimos 4 anos só levou um título na F. Renault 2.0 em 2009. Quando disputou campeonatos completos, Felix não venceu o título. Em princípio parece um piloto com talento, mas daí a dizerem que é um novo Senna é um certo exagero. Acho que Felix da Costa está um pouco iludido, fruto de um certo oba oba e já ganhamos da imprensa portuguesa. O ano passado vi uma sua entrevista dizendo que pensa bater todos os records de Senna. Este ano li outra pérola dizendo que neste momento está empenhado em ensinar e passar todas os conhecimentos a seu colega de equipe. Acho um exagero sem tamanho. Acho um piloto bom para testes, mas falta provar que é um piloto que saiba gerir uma temporada. Acho difícil.