Cecotto repete a dose

3997320130523172848

RIO DE JANEIRO – Não se sabe por qual motivo, mas pilotos venezuelanos gostam muito de Mônaco. Pastor Maldonado era um demônio no Principado nas categorias menores – e até envolveu-se numa celeuma, certa vez, que quase lhe custou a própria carreira. Agora, é a vez de Johnny Cecotto, filho da lenda do motociclismo, que mostra grande predileção pelo tradicional circuito citadino.

Ano passado, quando defendia a Barwa Addax, fez a pole position e venceu a corrida principal da programação, disputada não no sábado, mas na sexta-feira – porque a Fórmula 1 não treina neste dia nas ruas do Principado, como reza a tradição. Agora na Arden, o piloto repetiu a dose: pole position, mais uma vez.

Os 26 pilotos foram divididos em dois grupos de 13, para evitar as confusões e patacoadas ocorridas na qualificação de 2011, quando todo mundo foi ao mesmo tempo para a pista e o treino teve um festival de bandeiras vermelhas. Com o traçado de 3,340 km de extensão menos congestionado, todo mundo pôde fazer uma boa sequência de voltas rápidas.

Cecotto foi o mais rápido do Grupo A, dos carros de números ímpares, com 1’21″141, quase quatro décimos abaixo do tempo de Sam Bird, o mais veloz do treino livre disputado de manhã cedo em Mônaco. Kevin Ceccon foi o terceiro mais veloz do grupo, de forma surpreendente, com Julian Leal em quarto e Felipe Nasr com o quinto tempo em 1’22″163 – um segundo acima do tempo de Cecotto, portanto.

No Grupo B, o neozelandês Mitch Evans, que faz sua primeira temporada completa na GP2 Series, surpreendeu ao assegurar a primeira fila 100% Arden, com a marca de 1’21″157, apenas 0″016 pior que o tempo de Cecotto. O treino dos pilotos com números pares foi mais equilibrado, com sete pilotos na casa de 1’21”, entre eles o líder do campeonato Stefano Coletti, que vai largar da 14ª posição.

Eis o grid:

1. fila
Johnny Cecotto – Arden – 1’21″141 – Grupo A
Mitch Evans – Arden – 1’21″157 – Grupo B
2. fila
Sam Bird – Russian Time – 1’21″509 – GA
Fabio Leimer – Racing Engineering – 1’21″185 – GB
3. fila
Kevin Ceccon – Trident – 1’21″986 – GA
Jolyon Palmer – Carlin – 1’21″198 – GB
4. fila
Julian Leal – Racing Engineering – 1’22″092 – GA
Tom Dillmann – Russian Time – 1’22″387 – GB
5. fila
Felipe Nasr – Carlin – 1’22″163 – GA
Robin Frijns – Hilmer – 1’21″418 – GB
6. fila
Marcus Ericsson – Dams – 1’22″349 – GA
Sergio Canamasas – Caterham – 1’21″522 – GB
7. fila
Alexander Rossi – Caterham – 1’22″511 – GA
Stefano Coletti – Rapax – 1’21″658 – GB
8. fila
James Calado – ART – 1’22″677 – GA
Nathanael Berthon – Trident – 1’22″245
9. fila
Daniel De Jong – MP Motorsport – 1’22″943 – GA
Stephane Richelmi – Dams – 1’22″317 – GB
10. fila
Kevin Giovesi – Lazarus – 1’23″006 – GA
Daniel Abt – ART – 1’22″716 – GB
11. fila
Simon Trummer – Rapax – 1’23″017 – GA
Rene Binder – Lazarus – 1’22″376 – GB *
12. fila
Jon Lancaster – Hilmer – 1’23″443 – GA
Jake Rosenzweig – Addax – 1’22″842 – GB
13. fila
Rio Haryanto – Addax – 1’22″589 – GA **
Adrian Quaife Hobbs – MP Motorsport – 1’23″328 – GB

** Penalizado por incidente causado na etapa anterior, na Catalunha

* Penalizado por incidente envolvendo Sergio Canamasas no treino classificatório

Comentários

  • Diferentemente daqui, lá existe incentivo e patrocinios do próprio governo. É comum ver as marcas Citgo e PDVSA (a Petrobras da Venezuela…) nos macacões e carros de pilotos venezuelanos, e acredito que isto propicia também maior exposição e identificação com o público daquele pais. Independente de gostar ou não do modelo político, acho uma excelente e viável iniciativa para o automobilismo. Falta muito ainda, mas com o tempo os resultados vão começar a aparecer…