A Mil por Hora
Fórmula 1

Primeira fila prateada… de novo

RIO DE JANEIRO – Ninguém se surpreende mais com os leões de treino da Fórmula 1: a Mercedes continua com fome e abocanha mais uma pole position de forma consecutiva na temporada 2013. É a quarta da estrela de três pontas e a terceira em sequência cravada por Nico Rosberg, que pelo visto tomou gosto […]

23mai2013---nico-rosberg-contorna-uma-das-curvas-do-circuito-de-rua-de-monte-carlo-durante-os-treinos-livres-para-o-gp-de-monaco-1369303065319_956x500

RIO DE JANEIRO – Ninguém se surpreende mais com os leões de treino da Fórmula 1: a Mercedes continua com fome e abocanha mais uma pole position de forma consecutiva na temporada 2013. É a quarta da estrela de três pontas e a terceira em sequência cravada por Nico Rosberg, que pelo visto tomou gosto pela coisa. Só não pode fazer comemorações estranhas como a de hoje. O resto tá valendo.

O treino foi interessante pelas condições em que aconteceu. Choveu entre a terceira sessão livre e a qualificação, o que tornou as coisas mais complicadas para alguns. Paul Di Resta e Estebán Gutiérrez, por exemplo, passaram pelo vexame de sequer avançarem do Q1 para o Q2. Mas o pior, mesmo, aconteceu com Felipe Massa.

O brasileiro vinha no 3º treino livre com sua Ferrari pelo trecho em frente aos boxes, um dos mais velozes do circuito, rumo à curva Ste. Devote. De repente, o carro foi para a esquerda, como se não obedecesse ao comando do piloto. Massa pisou no freio, mas não evitou a forte batida que destruiu todo seu carro. Como a equipe – que o culpou pelo incidente, é bom lembrar – não conseguiu deixar tudo pronto a tempo, ele larga da última posição, e já estaria bem prejudicado porque o câmbio de seu carro precisou ser trocado e ele perderia cinco posições de qualquer forma.

Não obstante, Felipe terá problemas durante as 78 voltas para pelo menos tentar salvar alguns pontos. Mônaco é uma pista de difíceis ultrapassagens e superar os carros dos times médios será uma tarefa das mais complicadas para ele. Mas vamos ver do que ele é capaz.

Alheios a isto, os pilotos tentaram fazer o seu melhor, num asfalto meio molhado, meio seco. E à medida que o treino foi passando, os tempos melhoraram e caíram consideravelmente. Enquanto os eliminados no Q1 rodaram na faixa de 1’26”, por exemplo, a pole foi treze segundos mais rápida.

Rosberg e Hamilton não se incomodaram em superar a dupla da Red Bull – que pouco antes do fim tinha os dois melhores tempos – e acabaram mais uma vez por monopolizar a primeira fila, deixando o tricampeão Sebastian Vettel em terceiro e Mark Webber em quarto.

Kimi Räikkönen, consciente da realidade de desempenho de sua Lotus, alcançou o que podia alcançar – a 5ª posição, pouco à frente de Fernando Alonso. Sergio Perez levou a melhor no confronto interno da McLaren com Jenson Button: foi 7º, deixando o campeão mundial de 2009 em nono e Adrian Sutil entre eles.

As boas surpresas do sábado foram o 10º posto de Jean-Eric Vergne com a Toro Rosso e o melhor grid da Caterham em sua curta passagem pela Fórmula 1, com Giedo Van der Garde abocanhando um mais do que razoável 15º lugar, à frente de Pastor Maldonado e dos já supracitados Di Resta, Gutiérrez e Massa – sem contar, claro, Charles Pic e a dupla da Marussia.

A julgar pelas últimas corridas, teoricamente a Mercedes não é favorita. Poderíamos colocá-la no rol do fogo de palha. Mas, não sei não. Pode ser que eu me engane, mas Lewis Hamilton é um dos que acaba de ter chances cada vez mais claras de vencer neste domingo. Os outros três que reputo como possíveis candidatos são Vettel, Kimi e Alonso.

E vocês?