Direto do túnel do tempo (175)

01-History-The-eternal-record-Rudolf-CaracciolaRIO DE JANEIRO – O carro de desenho futurista sugere que este instantâneo foi tirado recentemente, correto? Nada menos exato. O ano deste registro é 1938.

O carro que é visto na fotografia é a Mercedes-Benz W125 Rekordwagen, com sua aparência ultra-futurista, guiada pelo piloto alemão Rudolf Caracciola. Lenda do automobilismo, nascido em 1901, “Carratsch”  tinha 37 anos quando guiou esta máquina construída para bater o recorde de velocidade em linha reta no quilômetro lançado.

Na autobahn Frankfurt-Darmstadt, Caracciola levou o Streamliner do construtor alemão a inacreditáveis 432,7 km/h. Na época, existia uma desenfreada concorrência entre Mercedes e Auto Union em busca de vitórias nos primórdios da Fórmula 1 e principalmente de recordes de velocidade.

Horas depois, no mesmo dia, Bernd Rosemeyer entrou na autobahn com um carro preparado pela marca dos quatro anéis para superar a marca de “Carratsch”. Uma lufada de vento numa passagem de nível arremessou o Streamliner de Rosemeyer para fora da estrada, capotando duas vezes. Resultado: morte instantânea e o fim da busca insana por recordes.

Há 76 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Uma grande fatalidade foi o que aconteceu com Rosemeyer naquele dia. Estudos mostram que a última velocidade aferida, na tentativa de quebra do recorde, foi de 429.491 km/h (medida no quilômetro 7). Infelizmente, Bernd sofreu o acidente antes de passar pelo quilômetro 9, onde seria feita uma nova aferição da velocidade, que, acredito eu, passaria facilmente o valor anotado por Caracciola!
    Abaixo, um link para a imagem do bólido da Auto Union:
    http://www.kolumbus.fi/leif.snellman/au2.jpg

  • Já tinha visto essa foto há tempos. A construção lá atrás é um hangar de dirigíveis do tipo do Zeppelin. Aqui no Rio tem um parecido, na Base Aérea de Santa Cruz.
    Quanto à morte do Rosemeyer, foi uma pena, todos os registros da época o classificam como um piloto genial.

    • Alvaro, ao ler o tópico, pensei exatamente as mesmas duas coisas !!! E vim aqui pra fazer uma postagem muito parecida…mas, voce já tinha escrito, não precisei escrever !!! Assino embaixo.

      Abçs

      Antonio

      • Os anos 30 foi a “década de ouro” das corridas de grande premio. Apesar de pouco divulgada, a herdou F1 tradições, como as pistas de Monza, spa, monaco e nurburgring. A tecnologia empregada pela mercedes no w25, w125, w154 e w153 e nos bolidos para recordes de velocidade, propiciou que as flechas de prata w 196 dominassem a f1 da decada de 1950