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Fórmula 3

Arquivo F3 Sul-Americana (3)

RIO DE JANEIRO – O ano de 1993 foi um dos mais polêmicos da história da F-3 Sul-Americana e um dos personagens está aí na foto. Trata-se de Hélio Castroneves, então um jovem piloto de 18 anos que corria num esquema familiar, comandado pelo pai – agachado à esquerda na foto. No lado direito da […]

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RIO DE JANEIRO – O ano de 1993 foi um dos mais polêmicos da história da F-3 Sul-Americana e um dos personagens está aí na foto. Trata-se de Hélio Castroneves, então um jovem piloto de 18 anos que corria num esquema familiar, comandado pelo pai – agachado à esquerda na foto. No lado direito da imagem, Alfredo Guaraná Menezes, que atuava como coach e tutor de Helinho no automobilismo desde a F-Chevrolet. A foto, cortesia do Renato Granito, foi tirada no circuito argentino de Posadas, na província de Misiones.

Eu assisti a corrida de estreia de Helinho na F-3. Foi em Jacarepaguá, justamente em 1992, com o mesmo carro da foto. Era um Ralt RT32 que foi importado pela Daccar Racing de Fausto Prado e Oswaldo Negri para a disputa da temporada de 1990 e que foi capotado e inteiramente destruído num acidente sofrido por Prado numa corrida em Interlagos. Vendido no ano seguinte a Pedro Muffato, esse chassi foi usado pelo veterano piloto em 1991 e tornou-se seu carro reserva em 92, quando o velho Muffatão corria primeiro com motor Volkswagen e depois com o Honda Mugen.

Nas palavras do próprio Helinho em seu livro autobiográfico, presente do amigo Américo Teixeira Júnior, o Ralt – que tinha o apelido de Batmóvel por ser inteiramente pintado de preto – estava em estado tão lastimável que para desmontar por completo era questão de tempo. Mesmo com um esquema familiar, de poucos recursos e um carro tido como precário, Helinho saiu-se tão bem que recebeu um convite de Amir Nasr para mudar de escuderia na reta final da temporada e quase ganhar o campeonato, perdido para Fernando Croceri na última etapa em Buenos Aires com uma atitude discutível dos pilotos argentinos.

O Batmóvel ainda foi guiado por Moacir Peró e Flávio Nonô Figueiredo antes que a temporada terminasse. Será que esse chassis ainda resistiu para andar em 1994? Alguém sabe?