Estreia adiada

Nissan GT-R LM Nismo

RIO DE JANEIRO (atualizado às 16h17) – Informa a Nissan que o protótipo GT-R LM Nismo não fará sua estreia no Mundial de Endurance (FIA WEC) nas 6 Horas de Silverstone e que tampouco o carro será visto em Spa-Francorchamps, no mês de maio. A estreia será mesmo apenas em junho, na disputa da 83ª edição das 24 Horas de Le Mans.

Como efeito, o novo carro tampouco participará do Prólogo em Paul Ricard, reduzindo o total de participantes para 28 e da abertura do Mundial em abril para 31 carros.

A Nissan pronunciou-se após a confirmação de sua ausência nas duas primeiras etapas do Mundial. Pensou-se que fosse apenas e tão somente pelas alegadas falhas estruturais que tiraram o carro dos treinos em Sebring, na Flórida, mas é pior: o bólido não foi aprovado no crash test, o teste de impacto padrão da FIA. E assim, não pôde ser homologado para estar presente no início do campeonato.

Um novo crash test foi reagendado para o próximo dia 26, o que poria a Nissan a tempo até de se preparar para Spa-Francorchamps, mas o foco passa a ser mesmo as 24 Horas de Le Mans. “Como dissemos mais de uma vez, o foco sempre foi Le Mans”, afiançou Darren Cox, diretor da Nismo. “Mas o carro falhou no crash test, o que não é tão incomum, já que muitos outros carros passaram por isso. Então mudamos os planos e reestruturamos nosso cronograma com o objetivo de estar presente em Le Mans”, finalizou.

Comentários

  • Começou bem a aventura da Nissan, foram inventar moda ao invés de fazerem o obvio, agora vamos ver quanto tempo vai durar, espero não tenha o mesmo destino do Aston Martin spider Lmp1.

  • Tem uma coisa que não consigo entender nesse programa da Nissan. Se o pacote Ligier Js P2 – Nissan é quase unanimidade na P2, porque não seguir a mesma filosofia na P1?

    Uma parceria com a Oak, aliada a um bom investimento do construtor poderia produzir frutos a um custo menor, tanto financeiro, quanto de reputação da marca. Poderia até ser aproveitada a hoje ruidosa relação da Red Bull com o grupo Renault/Nissan em áreas críticas de um protótipo moderno como aerodinâmica e uso de combustível. Imaginem um P1 concebido com consultoria de Adrian Neway?

    Mas não, os japoneses optaram pela solução mais ousada o possível – uma senhora atitude, diga-se – mas o cronograma de desenvolvimento parece ser um queijo suíço até agora.

    Dizem que o carro chegou a ser testado com uma caixa de câmbio improvisada e que a equipe ficou surpresa com a definitiva entregue – não lembro se Ricardo ou XTrac. Max Chilton foi escolhido piloto sem nunca ter testado o carro e o desenvolvimento todo se dá em parceria com a AAR de Dan Gurney, quando é obvio que uma marca do porte da Nissan poderia ter parceiros muito mais, digamos, qualificados, como Dallara e a já referida Dallara.

    A ideia, repito, é excelente, mas a execução não inspira lá muita confiança até agora.

  • Outro vexame japonês não bastasse a Honda na F1, eles da Nissan pelo menos deveriam de esforçar para SPA, para terem uma corrida antes de Le Mans se não vão perder para os LMP1 não Hibridos e quem sabe até os LMP2. Muito revolução/festa para dar nisso.

  • Parece que todo o sucesso que vão colher com esse carro arrojado vai ser só na parte de marketing. Como no caso daquele triciclo esquisito (Delta Wing ou Zeod…). A Nissan parece ter ignorado os exemplos de Toyota e Porsche que mesmo seguindo caminhos mais tradicionais encontraram dificuldades iniciais até maiores que a força dos concorrentes já estabelecidos.

  • Não vou aqui apedrejar o projeto, pois acho que o barato da LMP1 está exatamente ai…na liberdade para inovações e projetos ousados como este da Nissan. Só espero que não se repita a história do Dome Strakka, que estrearia ano passado logo no início…depois ficpi para Le Mans…depois para a última etapa, aqui no Brasil (ninguem botou fé, é claro…). Torço para realmente vê-los em Sarthe.

  • Desde o início esta história de motor dianteiro não me cheirou bem! Enfim… torcer para que resolvam a maioria de problemas e rezar para que andem pelo menos a frente dos LMP2