Stick It Out

RIO DE JANEIRO – O Rush é aquele tipo de grupo que provoca opiniões contrárias. Ou você simplesmente detesta os caras, ou você vai ser fã deles pra todo o sempre. Felizmente, escolhi a segunda opção.

Os canadenses completam neste ano 47 anos de estrada – quase o que eu tenho de vida. A formação definitiva só foi inaugurada em 1974, quando o mito Neil Peart assumiu a bateria em lugar de John Rutsey e desde então, são mais de quatro décadas em que um dos maiores power trios do rock permanece em atividade – com uma ou outra paralisação ao longo dos anos.

O Rush sobreviveu a todos os modismos e inclusive à sua própria indulgência, que culminou em dúvidas sobre a criatividade musical da banda, principalmente quando o som deles tomou uma direção mais voltada aos sintetizadores em detrimento das guitarras, sempre o instrumento-chave junto à cozinha baixo-bateria. As reclamações de Alex Lifeson surtiram efeito e o grupo voltou às suas, digamos assim, raízes.

Em 1993, quando saiu o ótimo Counterparts, com produção de Peter Collins, os fãs ficaram contentes com o redirecionamento do grupo de volta ao que fizeram no auge dos anos 70/80. As músicas, mais curtas e comerciais, caíram no gosto dos roqueiros e um novo público passou a gostar do Rush, juntando-se à fiel velha guarda.

Uma das melhores faixas deste álbum, o 15º na trajetória do trio, é “Stick It Out”, que escolhi para ser o clip da semana. Ouçam!

https://www.youtube.com/watch?v=GgzNbPVb3zs