RIO DE JANEIRO – Peraí! Nigel Mansell a bordo de uma Ferrari #28? Claro que não. É Stefan Johansson guiando a Ferrari F1/86 no circuito urbano de Detroit durante a disputa do GP dos Estados Unidos de 1986, com um capacete emprestado do rival.
Isso não era novidade no automobilismo: já em 1970, Jo Siffert tivera seu ‘casco’ roubado no México e Emerson Fittipaldi emprestou um que sobrava para o piloto helvético, então na March. Foi uma cena no mínimo engraçada, quando Siffert entrou na pista usando um capacete azul-escuro com faixas vermelhas, já que o dele era todo vermelho com a cruz branca da bandeira da Suíça. Todo mundo correu para o box da Lotus pra saber se o brasileiro tinha mudado de equipe.
Aqui, foi outro caso engraçado: Johansson estava com pressa ao sair do hotel e esqueceu o capacete. Pediu o reserva de Mansell emprestado e o sueco tratou de cobrir com fita vermelha o que podia no capacete do britânico, exceto a “Union Jack”, a bandeira da Grã-Bretanha. Só pôs um adesivo da Marlboro em que a bandeira vermelha da tradicional marca de cigarros carregava o nome do sueco.
Anos depois, David Coulthard fez o mesmo usando um capacete de Schumacher emprestado para ser 2º colocado no GP de Mônaco de 1996.
Há 29 anos, direto do túnel do tempo.