Carl Haas (1930-2016)

haas1-lg
Foi assim que nos acostumamos a ver Carl Haas nos autódromos: charuto (apagado) na boca, fosse qual fosse a situação. Como dono de equipe nos EUA, um vencedor, uma lenda. Deixará saudades…

RIO DE JANEIRO – O charuto se apagou de vez: morreu há uma semana, aos 86 anos, o antigo sócio de Paul Newman e dono de equipe na Fórmula Indy – e também na Fórmula 1 – Carl Haas. A notícia só foi divulgada nesta quinta-feira e pegou muita gente de surpresa.

Como dono de equipe, foi um dos mais lendários da história. Não só pela parceria com o galã de Hollywood como também pelo dinamismo e pelo folclore de andar nos boxes sempre com um charuto (apagado, é claro). Foram inúmeras as vezes que vimos Carl com um charuto à boca. Parecia um talismã, um amuleto. E talvez o fosse mesmo.

Haas foi bem-sucedido em diversas categorias: na Fórmula 5000, na Can-Am e principalmente na Fórmula Indy, montando uma estrutura para Mario Andretti ser campeão. Isso foi em 1984. Depois, na esteira do sucesso do time, vieram muitos outros pilotos, entre eles Michael Andretti, Nigel Mansell, Christian Fittipaldi, Cristiano da Matta e por aí vai.

Fracasso, mesmo, foi a equipe Force-Haas com chassis Lola e motores Ford Turbo, que tinha patrocínio Beatrice quando estreou (lembram?) e depois que uma nova diretoria assumiu a fábrica de produtos alimentícios, o contrato foi rescindido. Com a verba rescisória o time se manteve de pé na temporada 1986 sem ter um único grande patrocinador, terminando o Mundial de Construtores com apenas seis pontos somados. Os pilotos foram Alan Jones e Patrick Tambay, mas Eddie Cheever fez pelo time o GP dos EUA, em Detroit.

Não custa nada lembrar: a Haas de hoje nada tem a ver com aquela de 30 anos atrás. Carl Haas sai da vida e entra para a história. Deixará saudades.

Comentários