A Mil por Hora
Fórmula 1

Chris Amon (1943-2016)

RIO DE JANEIRO – Pensem num sujeito que, em quase toda sua carreira no automobilismo, guiou grandes máquinas, esteve em equipes de ponta… e nunca foi campeão. Pois esse piloto existiu e foi Chris Amon. Hoje, ao acordar, sou informado que Amon morreu aos 73 anos – recém-completados, inclusive, já que nasceu em 20 de […]

5277ece7d48be2b8a77e50eaa11b0a4b
Chris Amon foi o piloto que estava no lugar certo na hora errada. Talvez por isso nunca tenha vencido corridas de F1 ou conquistado títulos

RIO DE JANEIRO – Pensem num sujeito que, em quase toda sua carreira no automobilismo, guiou grandes máquinas, esteve em equipes de ponta… e nunca foi campeão. Pois esse piloto existiu e foi Chris Amon.

Hoje, ao acordar, sou informado que Amon morreu aos 73 anos – recém-completados, inclusive, já que nasceu em 20 de julho na cidade neozelandesa de Bulls – vítima de câncer.

Na Fórmula 1, colecionou 11 pódios por Ferrari, March e Matra. Jamais venceu uma prova oficial da categoria. Seus únicos triunfos foram no Troféu Internacional de Silverstone, em 1970, com um March 701 e no GP da Argentina de 1971, ambas extracampeonato, a última a bordo da lendária Matra-Simca MS120.

Também é lembrado pelo triunfo nas 24h de Le Mans em 1966 ao lado de Bruce McLaren. E por ser o homem que indicou Gilles Villeneuve para a Ferrari, já que conheceu o canadense na série Can-Am, o último campeonato que disputou na vida, em 1977, após dezenas de percalços em equipes menores como Tecno, Ensign e Wolf-Williams e com seu próprio carro. Isso mesmo: Chris Amon chegou a ser construtor na F1 na temporada de 1974.

Eu escrevi em 2013 um perfil para uma série – Outsiders – que meio que abandonei e prometo voltar, quando tiver tempo. Convido vocês para a leitura e para ver quem foi este sujeito formidável, mas que carregou consigo uma pecha que não merecia.