Rebellion promete voltar à LMP1 em 2019

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A Rebellion não desiste do WEC e muito menos da LMP1: o time suíço com sede na Grã-Bretanha promete ficar somente os dois próximos anos na LMP2 e regressar com novos equipamentos à divisão principal do Mundial de Endurance em 2019

RIO DE JANEIRO – O Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) não vive um dos melhores momentos de sua trajetória no que diz respeito à equipes na classe LMP1. Serão apenas três times e cinco carros em toda a temporada neste ano e apenas seis nas 24h de Le Mans – um número ridiculamente baixo. O ACO e a FIA têm se desdobrado para oferecer condições aos times privados, já se sabe que a Manor e a SMP Racing podem entrar na dança em 2018 e no ano seguinte, uma velha conhecida promete voltar: é a Rebellion Racing.

A promessa é de Calim Bouhadra, vice-presidente do time helvético com sede na Grã-Bretanha.

“O ACO anunciou um novo regulamento para favorecer os LMP1 privados em comparação aos protótipos de fábrica. Quando o regulamento saiu, vimos que teríamos vantagens como o ganho de peso ou o alargamento do carro. No papel, esses elementos nos permitiam uma aproximação maior dos fabricantes oficiais, mas essas mudanças pediam que nosso carro sofresse transformações substanciais. Além disso, teríamos que encontrar um motor mais potente que o AER biturbo, o que para nós era inexistente. Efetuar todas essas alterações no Rebellion R-One nos custaria tão ou mais caro do que desenvolver um novo protótipo”, explicou Bouhadra.

“Então decidimos fazer as coisas corretamente e decidimos voltar à LMP1 em 2019 com um novo protótipo e um novo motor, totalmente em conformidade com os novos regulamentos”, disse. “Enquanto isso, optamos por correr na classe LMP2 e a nova regulamentação faz com que o R-One seja superado em termos de performance pelos novos motores Gibson V8 que dão a esses carros 150 cavalos a mais de potência. Eu até já posso antever que os LMP2 andarão constantemente à frente do CLM da ByKolles, o que mostra o ridículo da situação que enfrentaríamos. Acho que poderemos estar nos pódios da classificação geral com nosso LMP2 desde que haja problemas com os carros oficiais de fábrica”, confia o dirigente.

“Descendo para a LMP2 pelos próximos dois anos, nos obrigamos a nos destacar nas táticas, nas opções técnicas e estratégicas, já que as corridas serão muito acirradas. De modo que as vitórias serão revestidas de uma importância ainda maior por conta da questão tática e técnica e também da escolha dos pilotos. Isso também permitiu-nos aumentar o nível de confiança da equipe, que andava um pouco letárgica. Vamos nos reencontrar com um grande nível de concorrência e competitividade para, mais tarde, estar de volta aos LMP1 não-oficiais e batalhar de igual para igual com os melhores”, finaliza o vice-presidente da Rebellion.

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