A Mil por Hora
Túnel do Tempo

Direto do túnel do tempo (372)

RIO DE JANEIRO  (Varandão da saudade…) – Tremendo contraste entre a modernidade e o passado na disputa da X Mil Milhas Brasileiras, em fins de 1970, no Autódromo de Interlagos. A prova organizada pelo Centauro Motor Clube trouxe – a exemplo da edição anterior realizada em 1967 – duplas vindas de fora, mais precisamente da Itália: […]

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RIO DE JANEIRO  (Varandão da saudade…) – Tremendo contraste entre a modernidade e o passado na disputa da X Mil Milhas Brasileiras, em fins de 1970, no Autódromo de Interlagos. A prova organizada pelo Centauro Motor Clube trouxe – a exemplo da edição anterior realizada em 1967 – duplas vindas de fora, mais precisamente da Itália: Luciano Pasotto/Luigi Cabella num Fiat Abarth 2 litros; Carlo Facetti/Giovanni Alberti numa Alfa Romeo P33 3 litros e a maior atração da corrida – a Ferrari 512S de Corrado Manfredini/Gian Piero Moretti.

Era um carro idêntico ao que disputara o Mundial de Marcas naquele ano e que ficaria obsoleto com a mudança de regulamento a partir de 1972, quando a FIA relegou os Esporte-Protótipos de 5 litros a outras competições como a Intersérie, limitando a cilindrada dos motores até 3 litros. Essa Ferrari era disparada o carro mais bonito do grid, o protótipo mais rápido e foi também o primeiro carro a rodar oficialmente os 7,9 km do circuito paulistano em menos de três minutos. Infelizmente, seguidos problemas fizeram a Ferrari – única a ter identificação luminosa do número #17 à noite – se atrasar na disputa e perder imenso tempo nos boxes.

Por aqui, além dos bólidos mais modernos,  ainda corriam – vez ou outra – algumas das velhas Carreteras, herança do automobilismo argentino e dos primórdios das Mil Milhas. Eram carros com motores Corvette ou Ford V8 de grande potência montados em carrocerias de modelos que remetiam aos anos 1930/40. Como era o caso da Carretera Corvette, provavelmente a última a disputar a prova, de Antônio Versa/Alfredo Santilli, 23ª colocada no resultado final, aqui superada pela moderna e espetacular (até hoje) Ferrari de Moretti/Manfredini, que terminou em 20º lugar. Foto roubartilhada do Facebook do amigo Jovino Coelho.

Há 47 anos, direto do túnel do tempo.