Carlin na Indy
RIO DE JANEIRO – Após um período de experiência na Indy Lights, a equipe britânica Carlin considera que 2018 é o ano para subir à categoria principal. E hoje foi o dia em que se confirmou a especulação que já ganhava a mídia há alguns meses: a equipe de Trevor Carlin vai disputar a Fórmula Indy com os dois pilotos que Chip Ganassi dispensou – Max Chilton e Charlie Kimball. A escuderia, cuja sede física nos EUA é em Delray Beach, na Flórida, vai usar motores Chevrolet.
Com isso, o plantel de 22 carros full season que era aguardado para o campeonato está garantido. O grid terá vinte e três carros na prova inaugural em St. Pete, na Flórida, porque Jack Harvey estará com um bólido da Michael Shank Racing em parceria com a Schmidt Peterson Motorsports. Desses 23 pilotos que comporão a lista de inscritos da primeira etapa, apenas dois não estão confirmados. A Dale Coyne ainda não fechou quem será o parceiro do francês Sébastien Bourdais, vencedor da corrida de abertura no ano passado e a Ed Carpenter Racing (ECR) não escolheu também o piloto do carro #20 nas provas de circuitos mistos.
Tanto Kimball quanto Chilton são velhos conhecidos de Trevor Carlin. Charlie, de 32 anos, sete temporadas pela Ganassi e uma vitória na categoria (além de quatro pódios), competiu pela escuderia na Fórmula 3 inglesa e também na World Series Fórmula V8. Em 2007, foi diagnosticado com diabetes do tipo 1 e precisou dar um tempo das pistas. Com o devido tratamento, tornou-se o primeiro piloto da história com hiperglicemia na história do automobilismo mundial. Depois, o brasileiro Miguel Paludo, que competiu na Truck Series e hoje está na Porsche Cup brasileira, também falou que tinha diabetes.
Chilton é aquele mesmo que esteve na Fórmula 1 pela Marussia por duas temporadas (2013/14). Na Carlin, o piloto de 26 anos fez a Fórmula 3 inglesa e a GP2 Series – além da Indy Lights, que disputou em 2015, vencendo uma etapa. Na Ganassi, disputou 33 provas de Indy e a última temporada foi bem razoável: ele terminou em 11º lugar e sua melhor performance foi a quarta posição nas 500 Milhas de Indianápolis.
Com a confirmação da Carlin como cliente Chevy, o grid terá uma divisão praticamente idêntica de motores, cabendo 11 bólidos com a marca da gravatinha e 12 clientes da Honda na corrida que está marcada para 11 de março.
A lista de inscritos para o GP de St. Pete deve ser esta:
#1 JOSEF NEWGARDEN EUA
Team Penske
Dallara Chevrolet
#4 MATHEUS LEIST BRA
A.J. Foyt Enterprises
Dallara Chevrolet
#5 JAMES HINCHCLIFFE CAN
Schmidt Peterson Motorsports
Dallara Honda
#7 ROBERT WICKENS CAN
Schmidt Peterson Motorsports
Dallara Honda
#8 MAX CHILTON GBR
Carlin
Dallara Chevrolet
#9 SCOTT DIXON NZL
Chip Ganassi Racing
Dallara Honda
#10 ED JONES UAE
Chip Ganassi Racing
Dallara Honda
#12 WILL POWER AUS
Team Penske
Dallara Chevrolet
#14 TONY KANAAN BRA
A.J. Foyt Enterprises
Dallara Chevrolet
#15 GRAHAM RAHAL EUA
Rahal Letterman Lanigan Racing
Dallara Honda
#16 TAKUMA SATO JPN
Rahal Letterman Lanigan Racing
Dallara Honda
#18 SÉBASTIEN BOURDAIS FRA
Dale Coyne Racing
Dallara Honda
#19 TBA
Dale Coyne Racing
Dallara Honda
#20 TBA
Ed Carpenter Racing
Dallara Chevrolet
#21 SPENCER PIGOT EUA
Ed Carpenter Racing
Dallara Chevrolet
#22 SIMON PAGENAUD FRA
Team Penske
Dallara Chevrolet
#26 ZACH VEACH EUA
Andretti Autosport
Dallara Honda
#27 ALEXANDER ROSSI EUA
Andretti Autosport
Dallara Honda
#28 RYAN HUNTER-REAY EUA
Andretti Autosport
Dallara Honda
#60 JACK HARVEY GBR
Mike Shank Racing with Schmidt Peterson Motorsports
Dallara Honda
#83 CHARLIE KIMBALL EUA
Carlin
Dallara Chevrolet
#88 GABBY CHAVES COL
Harding Racing
Dallara Chevrolet
#98 MARCO ANDRETTI EUA
Andretti Herta Autosport
Dallara Honda
Boa noite Rodrigo Mattar,
Marco Andretti esse ano estará vestindo as cores da Andretti/Herta?
Obrigado.
Parabéns pelo blog.
Sim. Isso mesmo.
Não poderia haver outra notícia tão boa para a Indy, que ainda tem a perspectiva futura de uma McLaren por toda a temporada.
Espero, sinceramente, que a Indy recupere parte do que foram os excelentes campeonatos de final da década de 1980 e começo de 1990, quando vários fornecedores de chassi, motor e pneus se digladiavam nas pistas.
Max Chilton que deteve até esse ano o pitoresco recorde de maior número de corridas completadas desde a estreia (25 GPs), e sem marcar nenhum ponto, recorde este batido pelo Esteban Ocon.
A perspectiva com a entrada da Carlin, com dois bons pilotos que eram bem preteridos (assim como o Kanaan também…) pelo esquema operacional da Ganassi, é das melhores, e somando isso ao novo carro da categoria.
A Indy terá uma grande temporada, para o bem do automobilismo e para azar daqueles que não a consideram como opção…não é, Massa??
Ano que vem com Matheus Leist e Tony Kanaan na A.J Foyt vai ser um ano meio que sem nada a perder para os brasileiros na indy que devem andar bem e se tiverem um pouco de sorte e talento podem ganhar alguma prova.E tem o Hélio Castroneves que corre só a indy 500 que também não vai ter nada a perder.
Conor Daly também tem diabetes (na última Indy 500 tivemos 2 pilotos com diabetes), ele teve o diagnóstico mais ou menos na mesma época que o Kimball, não sei quem foi o primeiro a correr com DM…
Inclusive o Kimball mudou o número do carro para 42 pelo tempo de ação da insulina que o patrocinava.