Chave de ouro!

RIO DE JANEIRO – Em dezesseis corridas, catorze vitórias. É o que podemos chamar de chave de ouro. Assim terminou o ano do Euroformula Open para o brasileiro Felipe Drugovich que, ao contrário de Harrison Scott, que conquistou a taça ano passado com a mesma equipe – a italiana RP Motorsport – e nem se deu ao trabalho de correr na última etapa (coincidentemente, que marcou a estreia vitoriosa de Drugovich na categoria), ele foi profissional, cumpriu o contrato e fechou o ano praticamente invencível.

Deixo os leitores com números: foram 406 pontos no total e 369 com os descartes. Felipe fez pódios em TODAS as etapas. Quando não venceu, foi 2º colocado. Ele ainda fez nove pole positions e 10 recordes de volta em prova – um total de 19 pontos extras. E ainda levou o título paralelo da Fórmula 3 espanhola, com as provas disputadas em Portugal (Estoril) e Espanha (Jerez e Barcelona).

Neste fim de semana, o vice-campeonato foi decidido em favor do holandês Bent Viscaal, da Téo Martin Motorsport. Ele foi um dos únicos pilotos ao longo do ano a quebrar o acachapante domínio de Drugovich – o outro foi o argentino Marcos Siebert, que venceu com alguma sobra a batalha pelo 3º lugar geral contra Matheus Iorio, que abandonou logo cedo na última etapa.

O piloto da Carlin alcançou cinco pódios com três segundos lugares nas rodadas iniciais em Estoril, Paul Ricard e Spa-Francorchamps como melhores resultados. Fez 178 pontos brutos, diminuídos para 172 líquidos com o descarte de um 7º lugar como seu pior resultado em 2018. Guilherme Samaia fechou o campeonato na sexta colocação com 94 pontos e Christian Hahn, que na última etapa acabou competindo no GT Open, foi o décimo com 29.

Assim como em Jerez de la Frontera, na penúltima rodada, o EF Open teve a participação de David Schumacher, filho do antigo piloto de Fórmula 1 Ralf Schumacher – portanto, o garoto é sobrinho de Michael e primo de Mick, recém-campeão da F3 Europeia. Sem direito a pontos por não ter competido antes das duas rodadas finais do certame, David fez boas corridas na Catalunha e fechou o ano com dois quartos lugares.

A ver o que ele fará em 2019 e se o EF Open, com a mudança de regulamento, será ainda uma boa opção de aprendizado para jovens pilotos do automobilismo internacional.

Quanto a Drugovich, após um grande ano, vamos ver o que o futuro lhe reserva.

Comentários