RIO DE JANEIRO – No início da década de 1990, graças a Bernie Ecclestone e Max Mosley, o antigo Grupo C, então conhecido como World Sportscar Championship (WSC) chegou a ter um regulamento alinhado com a Fórmula 1. Os motores passariam a ter cilindrada limite de 3,5 litros e joias lendárias como o Porsche 962, o Jaguar XJR-12 e o carro cuja miniatura vemos na foto acima, não teriam mais vez.
Em tese: tanto os alemães quanto os britânicos ainda deram uma bela sobrevida em seus modelos na edição das 24 Horas de Le Mans de 1991, aquela que é mais conhecida pelos fãs da velocidade pela vitória surpreendente da Mazda do que por qualquer outro acontecimento. E a mudança das regras era um acontecimento. Tanto que o WSC foi esvaziado a ponto de ser destruído em 1992 e, posteriormente, extinto.
O protótipo Mercedes-Benz C11 foi um dos carros que seguiu em atividade mesmo após a adoção do novo regulamento. Projeto de Leo Ress e Peter Sauber para o construtor da estrela de três pontas, tinha um motor Mercedes-Benz MB119 de arquitetura V8, com 5 litros e dupla turbina KKK. Debitava 730 HP de potência a 7 mil rotações por minuto, tinha câmbio de cinco marchas, pneus Goodyear e trabalhava com peso mínimo de 905 kg.
Esse modelo foi campeão mundial em 1990, conquistando sete vitórias, oito poles e nove recordes de volta em 12 provas que disputou. Por isso, o #1 na carenagem do carro que Jean-Louis Schlesser/Jochen Mass/Alain Ferté dividiram nas 24 Horas de Le Mans de 1991.
Numa corrida de muitos abandonos – só 12 terminaram de 38 que alinharam – a trinca abandonou após completar 319 voltas. Um único C11 recebeu a quadriculada em 5º lugar, tendo um certo Michael Schumacher (autor da melhor volta, aliás e a propósito) a bordo.
A miniatura foi uma cortesia do Alexandre Augusto Maia, leitor do blog. É da Brum, em escala 1/43.
Sigam mandando suas colaborações para o e-mail rodrigomattar35@gmail.com. Faltam 24 dias para a largada da 87ª edição das 24 Horas de Le Mans em 15 de junho e até lá, vou publicar as fotos de vocês.