ACO apresenta novidades: Hyper Pole em 2020 e novas regras de entradas automáticas em 2021

Novidade para sacudir o marasmo do treino classificatório das 24h de Le Mans: vem aí a Hyper Pole, com os seis mais rápidos de cada uma das classes em disputa, em busca do melhor tempo de qualificação, na quinta-feira anterior à maior prova de Endurance do planeta

RIO DE JANEIRO – Em decisões anunciadas nesta quarta-feira, o Automobile Club de l’Ouest traz novidades relativas ao presente e ao futuro das 24 Horas de Le Mans.

Pela primeira vez em décadas, foi modificado o formato de classificação para a maior prova de Endurance do planeta, com a criação da Hyper Pole. Antes, a definição do grid acontecia em três sessões com duas horas cada, afora a disputa de um treino livre de preparação.

Já para o próximo ano, será diferente. Muito diferente.

Seguiremos com a disputa de treinos livres – quatro no total. Mas com dois treinos classificatórios por dia.

O primeiro, na quarta-feira, vai de 23h15 à meia-noite (hora local), definindo nessa sessão de 45 minutos apenas os carros para a Hyper Pole. Serão qualificados os seis mais rápidos de cada classe – LMP1, LMP2, LMGTE-PRO e LMGTE-AM.

O dia seguinte é o da definição da pole em cada categoria: os 24 bólidos classificados entram no traçado de 21h às 21h30 (hora francesa). Os carros não podem ir para as garagens – mas podem trocar pneus e escolher quantos jogos usar – dentro do limite de sets permitidos para a corrida.

Dessa forma, o grid não mistura mais as classes, como já aconteceu algumas vezes. A ordem será LMP1, LMP2, LMGTE-PRO e LMGTE-AM.

Para 2021, o ACO deliberou sobre as entradas automáticas que serão oferecidas às equipes do Asian Le Mans Series na próxima temporada bienal e no European Le Mans Series de 2020.

A alocação dessas entradas automáticas será proporcional ao número de carros inscritos, a saber:

Serão duas vagas oferecidas desde que o plantel de LMP2 em ambos os campeonatos (não ficou implícito se o Asian Le Mans terá ainda os carros antigos em 2020/21) ultrapasse um total de 12 a 17 inscrições full season – e uma inscrição apenas se o plantel ter um mínimo de 6 a 11 carros por prova.

Na LMGTE (ELMS) e GT3 (AsLMS) a alocação de vagas se dará da seguinte forma: dois convites automáticos com um total entre 8 e 11 inscritos e um se o total ficar entre quatro no mínimo e sete, no máximo.

A LMP3, independentemente da quantidade de carros, seguirá oferecendo uma vaga em ambos os campeonatos.

Também não há mudanças no critério de convites automáticos para a Michelin Le Mans Cup (uma vaga direta para a equipe campeã na GT3) e na IMSA, onde são oferecidos dois convites via Jim Trueman Award e Bob Akin Award.

A propósito: o resultado das 24h de Le Mans do próximo ano só ofertarà no ano seguinte duas vagas, para as equipes campeãs de LMP2 e LMGTE-AM.

Para 2020 (excluídos os vencedores da edição passada), nove dos 13 convites estão definidos – mas não todos confirmados: IDEC Sport, G-Drive Racing, Eurointernational (pendente de confirmação) e Cameron Cassels via Performance Tech Racing na LMP2;

Luzich Racing e Dempsey-Proton Racing, podendo optar por LMGTE-PRO ou LMGTE-AM; Richard Heistand (via IMSA) – este, igualmente pendente de confirmação – e Kessel Racing, na LMGTE-AM.

Os demais vêm do AsLMS: campeão da LMP2 e da LMP2-AM vão para a LMP2; campeã da LMP3 pode optar entre LMP2 e LMGTE-AM; e campeã de GT, entre LMGTE-PRO e LMGTE-AM.

Comentários

  • Acho muito pouco tempo para as classificações, tanto dos que vão disputar a pole (45 min) quanto da disputa da pole em si (30 min). Lembrar que uma volta em LM ´´e de aprox 3:30min a 4:00 min.
    Se se desconta a volta de aquecimento e aceleração e a volta aos boxes, em geral mais lentas, sobram 8 voltas e 6 voltas para marcar tempo, o que é pouco.

  • Me parece que esta mudança seria de certa forma uma adequação já para receber os novos Hypercars, a partir da próxima temporada bianual.