Carlin vence tumultuada 4h de Sepang e decisão fica para Buriram

Após perder o triunfo em Xangai pós-prova, a Carlin Thunderhead teve sua recompensa e venceu, pós-prova, as 4h de Sepang – após uma penalização de tempo à rival Eurasia

RIO DE JANEIRO – Realizadas como a primeira prova com chegada noturna da história do Asian Le Mans Series, as 4h de Sepang foram tumultuadas do início ao fim. Para variar, a chuva caiu com tudo na Malásia e não só provocou falta de energia como atrasou a programação em 1h40min e a corrida iniciou sob regime de Safety Car.

Não obstante, a transmissão do streaming foi algo precário, possivelmente devido a problemas com as outras câmeras, gerado pela queda de energia. Pelo menos houve esforço e a corrida, mesmo prejudicada por tantos eventos extrapista, aconteceu e teve mais tumulto dentro dela.

Um festival de penalizações definiu a vitória em pelo menos duas categorias, entre elas a LMP2. A Eurasia chegou à frente com o carro #36 de Roberto Mehri/Aidan Read/Nick Foster. Mas não levou: o time filipino foi instruído para levar o carro a box para conserto de suas luzes, essenciais numa corrida do gênero. Detalhe: a cinco minutos do final do tempo estipulado…

Como ignoraram, foram penalizados em 36seg de acréscimo de tempo no resultado final e perderam a vitória na pista, sendo despromovidos ao 2º lugar. Assim, o triunfo foi da Carlin Thunderhead Racing e o Dallara P217 do trio Ben Barnicoat/Harry Tincknell/Jack Manchester. Eles foram declarados vencedores com 112 voltas completadas e 10″881 de vantagem.

Com as dezenas de problemas e penalizações também sofridos por outros competidores – afora o abandono prematuro do #1 da Eurasia, que largou da pole position – o trio então líder do campeonato Leonard Hoogenboom/Roman Rusinov/James French alcançou mais um pódio, se mantendo à frente na classificação restando apenas a etapa da Tailândia no próximo domingo.

E são exatamente as formações das três primeiras da prova da Malásia que vão para a batalha direta pela vaga às 24h de Le Mans: são 65 pontos para o trio da G-Drive Racing w/APR, 56 para a formação da Carlin Thunderhead e 55 para os tripulantes da Eurasia.

Correndo sem adversárias, a Rick Ware Racing teve uma prova atribulada – mas mesmo assim se assegurou nas 24h de Le Mans de 2020 com um convite automático pelo título na LMP2-AM

Na LMP2-AM, a Rick Ware Racing correu sozinha e não escapou de ter uma corrida bem atribulada com seus dois Ligier JS P2 de motor Nissan V8. O carro de Cody Ware/Gustas Grinbergas recebeu a quadriculada apenas em 20º e último. Foram os únicos a terminar, já que o #25 de Philippe Mulacek/Guy Cosmo/Anthony Lazzaro quebrou na penúltima volta.

Sem adversários, a Rick Ware se assegurou nas 24h de Le Mans 2020 com uma vaga direta – já que o campeonato se resume a Cody Ware com 18 pontos de vantagem para Grinbergas.

A trinca francesa Droux/Page/Trouillet alimentou as esperanças remotas da Graff Racing para a decisão, ao vencer a prova entre os LMP3 na Malásia

A Graff Racing dominou sem dificuldades entre os LMP3, chegando à vitória em Sepang com o trio Sébastien Page/David Droux/Éric Trouillet, com uma volta de diferença em relação a Garett Grist/Rob Hodes/Charles Crews.

Os principais protagonistas do campeonato vieram a seguir na categoria: Martin Hippe/Nigel Moore, da Inter Europol, mantiveram a liderança na classificação com 59 pontos, enquanto o 4º lugar deixou Colin Noble/Tony Wells a três dos rivais.

Com a vitória, o trio Droux/Trouillet/Page chegou a 40 e ainda reúne chances retóricas de título na última etapa, assim como Alessandro Bressan, quarto colocado com 37 – e que também precisa correr com a calculadora no bolso do macacão na Tailândia.

A JLOC ganhou na GT por conta da penalização à Ferrari da HubAuto e chega para a final como líder do campeonato

A GT foi igualmente dramática no mesmo nível que a LMP2. Uma das concorrentes e então líder do campeonato, a D’Station Racing, enfrentou vários problemas, que foram ao conserto do painel de numeração reflexiva do carro #77 do time japonês até a quebra de câmbio do Aston Martin Vantage de Ross Gunn/Satoshi Hoshino/Tomonobu Fujii faltando pouco menos de meia hora para o final.

Some-se a isso a perda da vitória da HubAuto Corsa, que chegou à frente e foi punida com acréscimo de tempo de 60seg por não ter respeitado o limite de velocidade num período de Full Course Yellow.

Assim, Marcos Gomes/Liam Talbot/Davide Rigon terminaram em segundo na classe e a vitória foi da JLOC com Takashi Kogure/Yuya Motojima/Yusaku Shibata. Ale Pier Guidi/Francesco Piovanetti/Oswaldo Negri completaram o pódio com a Ferrari da Spirit of Race.

Aqui a disputa pelo título é a mais acirrada e envolve no mínimo quatro times: a JLOC lidera com 49 pontos, seguida pela HubAuto e CarGuy – que teve um fim de semana bem difícil na Malásia – com 46. A Spirit of Race corre por fora com 42, em quarto.

Mas se olharmos as demais equipes que correram em Sepang, até a D’Station Racing, quinta colocada com 33 e a T2 Motorsports, que soma 30, reúnem chances para a finalíssima em Buriram.

Aliás, para a etapa do próximo domingo foram confirmadas algumas mudanças no lineup que reunirá os mesmos 23 carros das 4h de Sepang.

As mais significativas estão na classe GT por causa da realização da Lone Star Le Mans do WEC, no mesmo dia. Estarão ausentes os pilotos Kei Cozzolino, Davide Rigon, Ale Pier Guidi e Ross Gunn.

Todos serão substituídos respectivamente por Mikkel Jensen, Tim Slade, Daniel Serra e Tom Gamble.

Nos protótipos, Neale Muston vai no #8 da Graff em substituição a Rory Penttinen. E Nobuya Yamanaka regressa no #1 da Eurasia para a última do campeonato.

Comentários