Vetado
RIO DE JANEIRO – Já dizia o ditado antigo: quem fala demais dá bom dia a cavalo. Fernando Alonso pagou pela língua e o acordo quase fechado com a Andretti para disputar as 500 Milhas de Indianápolis deste ano entrou pelo cano.
A razão? Um veto da Honda ao bicampeão de Fórmula 1. Informação da Racer, que vazou hoje.
Efeitos do passado: pelo visto os orientais não engoliram as críticas, com o clássico “GP2 Engine” que deve ter deixado o ego dos engenheiros em tiras.
Alonso, no seu papel de piloto, tinha que exigir algo melhor para si e para a McLaren. E realmente a relação entre ele e a Honda não foi das melhores. O construtor japonês demorou um pouco para aperfeiçoar seus propulsores e no último campeonato vimos uma grande evolução técnica não só com a Red Bull mas também com a Toro Rosso.
Sem o acordo que mantinha com a McLaren, Fernando estava livre pra negociar com outra escuderia visando chegar à Tríplice Coroa. E agora, sem a Andretti, só restariam os motores Chevrolet ao asturiano.
Só que as opções não são tantas: a ECR seria uma possibilidade mas Ed Carpenter não terá condições de pôr um quarto carro e tampouco a Penske, que seria a melhor plataforma possível a Alonso em termos de visibilidade na Indy 500, não vai pôr um carro extra além do que já alinha para Hélio Castroneves.
Sobram no lote, pasmem, a A.J. Foyt, a DragonSpeed, a Juncos (se esta continuar em atividade), a Dreyer & Reinbold e, ironicamente, a Carlin, que fracassou fragorosamente na última edição da prova. Nem a Harding-Streinbrenner vai poder ser uma opção: o time de Colton Herta fará um acordo operacional com a Andretti e vai de Honda.
É, Alonso… a língua, no seu caso, foi o chicote do corpo. Agora atura.
Desculpe mudar o assunto, Rodrigo, mas ninguém fala do que o Igor Fraga tá fazendo na Nova .Zelândia. Esse fim de semana ele ganhou duas das três provas, assumiu a liderança do campeonato e….. nada. Nenhuma notícia por aqui.
Eu vou aguardar o fim do campeonato para fazer um registro.
Que grande bobagem. Um dos verdadeiros pilotos de maior versatilidade da atualidade fora de uma prova clássica. Parece uma piada de péssimo gosto. Quem perde são os fãs.
Não tenho a mínima pena dele. Um puta piloto, mas tem um ego ainda maior que o talento. Que pague por isso. Não pode ficar sem consequências.
Carpenter tem a possibilidade de encaixar o Alonso no carro da parceira Scuderia Corsa. e dificilmente um carro preparado pela ECR para a Indy 500 larga abaixo do top 10
É uma possibilidade, mas não se esqueça que já pode haver um acordo costurado entre a ECR e a equipe de Giacomo Mattioli para um outro piloto que não o Alonso. Mas também não esqueçamos que acordos podem ser rompidos.
Alonso cavou a própria cova com as próprias mãos e boca.
Exatamente. Entre a possibilidade de ter Ed Jones ou assinar um contratinho rápido com Alonso…Pra mim a escolha seria óbvia para ter o Alonso.
Sobre o Ed Jones, ele disputará o DTM com a equipe WRT Audi.
Falem para o Helinho ficar de olho no seu “matungo”
O fodon das Asturias nao é soft.
Cada segundo por volta vale centenas de milhões; um piloto veloz vale mais do que o piloto lento (Tô falando de grana, capex e opex investido no carro e na equipe).
Alonso ainda tem valor promocional: ex campeão da F1.
Vai arrumar lugar.
O mundo é um moinho…
Não duvido que ele consiga costurar um acordo para andar no fim do pelotão, só resta ver se isso interessa para ele, depois do que aconteceu ano passado. O próprio Grande Prêmio ainda em 2018 anunciava acordo dele com a Harding, porém essa mudou de rumo no fim daquele ano, aquele acordo da McLaren com a Carlin já deve ter sido o que sobrou…
Outro dia comum para um piloto bom, mas extremamente supervalorizado que, como se vê, não é um “pacote bom”.
Se fosse tudo isso, não teria a porta fechada na Honda, que com a mais absoluta certeza deixaria o “GP2 Engine” de lado para entrar para a História como o motor de que a Tríplice (fake) Coroa ao Picaretonso.
Segue o baile…