Perigo real e imediato

RIO DE JANEIRO – A temporada 2020 do Mundial de Fórmula 1 pode ser considerada como definitivamente prejudicada. E não só ela: o esporte como um todo, também. A “gripezinha”, a “histeria” do Covid-19 é muito séria e é pena que alguns não a encarem da forma como deveria ser.

Tivemos mais uma prova da gravidade da situação no começo desta semana: foi anunciado o adiamento do GP do Azerbaijão (abaixo, o vídeo com os melhores momentos do ano passado), marcado para junho, nas ruas da capital Baku.

Vejam vocês: é fim de março, as provas de abril já caíram, as de maio também e o efeito cascata atinge junho, quando teoricamente havia uma previsão “otimista” de início de campeonato. Se começar, será no Canadá. E para isso, os equipamentos teriam de ser preparados e enviados àquele país com antecedência.

Mas temo que não comece e a prova na América do Norte ou seja adiada como o evento báltico ou cancelada, engrossando a lista.

Já vimos Austrália e Mônaco limados do calendário. O último não deu prejuízo. O ACM está isento de taxas à FIA, não paga pela organização. Mas os aussies tiveram problemas. E muitos países terão e têm.

Uma solução seria fazer uma inédita temporada bienal, terminando em janeiro de 2021, o que é viável se algumas datas forem “empurradas” especialmente em países onde não há problema com o inverno – e o Brasil é um deles.

Outra é reduzir de forma drástica o número de datas e adotar um formato jamais adotado: rodadas duplas. É uma hipótese que, francamente, o público não acharia ruim. O Liberty Media trabalhava com 22 eventos. Caiu para 20. Não sei, honestamente, o mínimo que tem que ser cumprido de calendário.

Caso não seja possível, que se chegue ao mínimo ou tente se salvar o campeonato com o expediente paliativo de uma competição bienal. Ou mesmo a possibilidade de “double headers”.

O perigo é grande e existe. A temporada 2020 da Fórmula 1 ainda pode ser salva. Mas os riscos hoje são imensuráveis.

E aí, leitores e leitoras? Qual a opinião de vocês?

Comentários

  • Eu só vejo uma única saída: rodadas duplas. Mas acho que tem que ser sem público.É esquisito não ter ninguém assistindo no autódromo? É muito esquisito, mas é melhor termos corridas duplas sem público do que não termos corridas.

  • A análise é diária, qualquer previsão agora é impossível, mas acredito que a F1, vá cancelar as provas iniciais até quando necessário, depois seguir com as agendadas, só haverá realocação quando geograficamente viável (ex. Canada/EUA).

    Não deverá alteração no formato.