Fórmula 1? Não antes de julho

RIO DE JANEIRO – Austrália, Mônaco e agora, França. A Fórmula 1 já contabiliza três dos 22 GPs previstos para 2020 que não serão realizados. Não há mais qualquer tipo de garantia para a realização da corrida de Paul Ricard que, num primeiro momento, abriria o campeonato que nem começou ainda.

Hoje, os organizadores do GP da Inglaterra garantem que a corrida, caso venha a acontecer, só será disputada sem a presença de público em Silverstone. Mas há alguns poréns: o governo belga, por exemplo, determinou a não-realização de eventos com aglomerações até agosto, o que comprometeria a etapa de Spa-Francorchamps.

O grupo Liberty Media, dono da categoria, anunciou hoje um plano de contingência para realizar entre 15 e 18 corridas a partir de julho. A tentativa de início da temporada será na Áustria, no fim de semana de 3 a 5 daquele mês, no circuito Red Bull Ring. A partir daí, haverá o máximo possível de eventos, distribuídos como na imagem que ilustra este post.

Há 12 etapas cujas datas não foram mexidas, ainda: Áustria, Inglaterra, Hungria, Bélgica, Itália, Singapura, Rússia, Japão, EUA, México, Brasil e Abu Dhabi.

O maior desafio para Liberty Media e FIA será realocar de três a seis provas adiadas. Entre esses eventos estão Azerbaijão, Espanha, Holanda, Vietnã, China, Bahrein e Canadá.

Abaixo, o comunicado publicado no site oficial da categoria e assinado por Chase Carey.

A FIA, equipes, promotores e outros parceiros importantes têm trabalhado conosco ao longo dessas etapas e queremos agradecer a eles por todo o apoio e esforços durante esse período incrivelmente desafiador. Também queremos reconhecer o fato de que as equipes estão nos apoiando ao mesmo tempo em que estão concentrando esforços enormes e heróicos para construir ventiladores para ajudar os infectados pelo COVID-19.

Enquanto avançamos em nossos planos para 2020, também trabalhamos duro com a FIA e as equipes para fortalecer o futuro da Fórmula 1 a longo prazo, por meio de uma série de novos regulamentos técnicos, esportivos e financeiros que melhorarão a competição e ação nos trilhos e torná-lo um negócio mais saudável para todos os envolvidos, principalmente ao abordarmos os problemas criados pela pandemia da COVID-19.

Obviamente, todos os nossos planos estão sujeitos a alterações, pois ainda temos muitos problemas a resolver e todos nós estamos sujeitos às incógnitas do vírus. Todos queremos que o mundo retorne àquele que conhecemos e estimamos, mas reconhecemos que deve ser feito da maneira certa e mais segura. Estamos ansiosos para fazer nossa parte, permitindo que nossos fãs compartilhem de novo com segurança a emoção da Fórmula 1 com a família, amigos e a comunidade em geral.

Nossos melhores votos a todos.

Chase

Comentários

  • 18 corridas: considero o número excessivamente otimista.Deve ficar em 15 (ou menos…)

    Apenas achismo: acho que Chase Carey deve se arrepender muito de não ter feito pelo menos o 1º treino livre na Austrália. Com portão fechado, claro, sem público.

    E mais: supondo que o regulamento permita uma corrida sem pontuação, penso que daria para ter realizado a corrida, sem público, obviamente. Eu sei que Vettel, Raikkonen e a McLaren não estariam presentes, mas, por mim, tudo bem. Há um número mínimo de corridas para que seja cumprido o contrato com as redes de TV. Se tivessem feito o GP da Austrália, seria uma corrida a menos. A realização da corrida também seria útil para cada equipe saber “onde estava”, com muitos dados para a análise dos engenheiros. Em tempo: acho que não seria justo se a corrida tivesse a metade dos pontos para os 10 primeiros colocados.

    Na Austrália, a corrida sem público foi tratada como uma coisa totalmente absurda, quase um crime! Hoje nós já sabemos que, pelo menos em Silverstone será sem público.

  • Acredito que as provas da Europa serão realizadas, inclusive Espanha e Holanda. A prova do USA também por conta da origem da Liberty Media.
    Caso se realize a transferência dos carros para a America do Norte, viabiliza-se o Canadá e o Mexico.
    O Brasil ? Grande ponto de interrogação.
    Estando na America do Norte, fica fácil vir ao Brasil, mas….acho que eles preferirão ir ao Japão !!!!
    Alem disso, acho pouco provável que se realizem as demais provas da temporada asiática (fora o Japão). com mais uma mudança de continente, uma logistica complicada para fazer em tempo curto.
    Dessa forma, acho que se viabilizam 12 provas, Fazendo um GP da Europa em Imola e uma rodada dupla em Silverstone, chegaria-se a 14 provas. Ou, quem sabe, 2 provas na Espanha…
    Pra min, a “musica” é essa.