Super GT: vitória da Honda e fim de seca em Fuji

RIO DE JANEIRO – Após o vareio levado na prova de estreia da temporada 2020 do Super GT, a Honda deu o troco na Toyota no último domingo, durante a disputa da 2ª etapa – mais uma vez com portões fechados. O carro #17 da Keihin Real Racing guiado por Koudai Tsukakoshi e Bertrand Baguette enfim mostrou potencial: o NSX GT Concept conquistou sua primeira vitória na configuração de motor dianteiro, num fim de semana de predomínio da marca sobre a dona da pista (a Toyota) e a Nissan.

A prova disputada com 300 km de percurso e em 66 voltas teve o domínio inicial de outro Honda: o #8 da ARTA arrancou na frente com Nirei Fukuzumi e o parceiro Tomoki Nojiri liderando no início, impondo o ritmo e saindo da corrida com a volta mais rápida. Baguette, que conduziu o #17 no início, aproveitou um jogo de vácuo e assumiu a dianteira ultrapassando o rlval.

E foi assim até o pit stop em que a Real Racing saiu-se bem com o aquecimento de pneus e a ARTA, não. No afã de seguir na batalha pela vitória, Nojiri esqueceu-se que estava com os pneus frios após a parada obrigatória de box e perdeu o carro, atolando fora da pista. Com isso, de real candidata à vitória, a ARTA ficou em 14º e penúltimo entre os GT500, três voltas atrasada.

Tsukakoshi assumiu o volante e venceu com relativa folga, de quase 16 segundos para o Toyota GR Supra de Yuhi Sekiguchi/Sacha Fenestraz, com Kazuya Oshima/Sho Tsuboi completando o pódio nesta segunda prova da temporada.

O melhor Nissan ficou apenas em 8º lugar com Kohei Hirate/Katsumasa Chiyo, representando a Craftsports NDDP Racing with B-Max. Isso deixa o campeonato com Sekiguchi/Fenestraz, que somaram dois pódios – e ainda não venceram – líderes com 30 pontos e apenas um à frente de Nick Cassidy/Ryo Hirakawa, que fecharam a disputa deste fim de semana com o quarto posto.

Na GT300, a Cars Tokai Dream 28 acabou com uma “seca” daquelas: a equipe, que na década passada alinhou o GT nipônico Mooncraft Shiden MT-16, construído na plataforma de um protótipo Riley & Scott, venceu com seu Lotus Évora Mother Chassis dotado de motor Nissan VK45DE V8 usado até há alguns anos na classe LMP2 do WEC.

O veterano Hiroki Katoh – que estava também na última vitória! – e o parceiro Masataka Yanagida venceram a primeira prova em que os carros da divisão menor do Super GT agora têm de obrigatoriamente trocar os quatro pneus pelo menos uma vez em provas de 300 km de percurso. No último triunfo da equipe, que aconteceu em 2010 no circuito de Sugo, quem guiou com o veterano Katoh, de 52 anos, foi Hiroshi Hamaguchi.

A vitória deixou a dupla em 2º na classificação com 20 pontos, já que os vencedores da abertura, Hiroshi Yoshida/Kohta Kawaai, chegaram em 6º lugar, suficiente para mantê-los na ponta da tabela, com 21 unidades.

Com o Subaru BRZ, um dos únicos modelos de GT homologados somente para correr num campeonato local, Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi até estiveram próximos de estragar a vitória de um dos times mais respeitados e queridos do Super GT. Mas ficaram mesmo em segundo, a pouco mais de um segundo e meio dos vitoriosos. O pódio ainda teve a ARTA e seu Honda NSX-GT3 EVO guiado por Shinichi Takagi e Toshiki Oyu.

O brasileiro João Paulo de Oliveira colecionou mais pontos na parceria com Kiyoto Fujinami: a bordo do Nissan GT-R Nismo GT3 da Realize Advan Kondo, a dupla fechou a disputa em 5º na classe após largarem em sétimo. Com regularidade, saem das duas primeiras corridas do ano em sexto na classificação, com 14 pontos.

A próxima etapa será no dia 23, em Suzuka.

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