RIO DE JANEIRO – Três vezes vencedor das 12h de Sebring e detentor também de um triunfo numa corrida ‘sprint’ disputada ano passado no calendário que a IMSA redesenhou por conta da Pandemia, Pipo Derani mostrou que na pista da Flórida ele anda tudo e mais um pouco: com a marca de 1’45″354, o piloto brasileiro quebrou o recorde do circuito para a série e conquistou a pole position para a 69ª edição das 12h de Sebring. A corrida vale como 2ª etapa do IMSA Weathertech SportsCar Championship e também da IMSA Michelin Endurance Cup.
Não foi uma tarefa das mais fáceis, porque o eterno rival Ricky Taylor, no Acura vencedor das 24h de Daytona, também veio com tudo e por duas vezes deteve o recorde do traçado. Mas Derani cravou o piloto da Wayne Taylor Racing por apenas cento e dez milésimos de segundo.
Mais um Cadillac ficou com a 3ª posição, cortesia de Renger Van der Zande – estreando um lindo capacete em degradé dourado – no #01 da Chip Ganassi Racing. Oliver Jarvis, num último esforço, levou a Mazda à quarta colocação com seu único carro, seguido dos franceses Olivier Pla (Meyer Shank Racing) e Loïc Duval (Mustang Sampling JDC-Miller Motorsports).
O treino oficial teve uma única bandeira vermelha, já no finalzinho: na temida curva #16 da pista, o #48 da AX Racing/Ally guiado por Jimmie Johnson se estoporou na barreira de proteção. O heptacampeão da Nascar saiu, felizmente, por seus próprios meios. O carro ficou bastante danificado e por causar a red flag, a equipe perde as duas melhores voltas do treino classificatório – praxe do regulamento esportivo.
Na LMP2, Steven Thomas levou a WIN Autosport à pole da prova com o tempo de 1’51″025, também por diferença bem escassa sobre o segundo mais rápido, Ben Keating. A diferença entre os dois primeiros foi de 0″123. Dwight Merriman, apesar de uma rodada, surpreendeu, mostrou bom ritmo e foi o terceiro colocado, à frente de Jim McGuire e John Farano.
Entre os protótipos da novata LMP3, o tam´bem novato sueco Rasmus Lindh surpreendeu e levou a pole para a categoria. Com o tempo de 1’56″001, ele superou Oliver Askew por somente 55 milésimos de segundo.
Gar Robinson ficou com a 3ª marca, enquanto Jonathan Bennett foi o melhor piloto bronze entre os que treinaram, com o carro da CORE Autosport. Nas demais posições, Jim Cox, Lance Willsey e o mexicano Rodrigo Sales.
Antonio Garcia também registrou novo recorde de pista – só que entre os GTLM – inclusive suplantando a própria marca. Recuperado do Covid-19 que contraiu em janeiro durante as 24h de Daytona, o espanhol lidera o 1-2 da Corvette no grid dos Grã-Turismo com o tempo de 1’54″910, trinta e quatro milésimos apenas à frente de Tommy Milner.
As BMW vêm na sequência com Connor de Philippi e Jesse Krohn (no carro que terá Augusto Farfus). O Porsche classificou em quinto com Cooper MacNeil.
Na GTD, aconteceu algo interessante – os carros foram duas vezes na pista. Uma para compor o grid real da prova e outra pelos pontos do campeonato, que agora são auferidos nas sessões classificatórias, usando o sistema adotado pela IMSA ano passado.
Para efeito de posicionamento de pista, a pole foi da Grässer e do Lamborghini #19 guiado pelo alemão Tim Zimmermann, que após uma briga acirrada com Jan Heylen levou a melhor e fez o tempo de 2’00″010, superando o belga da Wright Motorsports por sessenta e sete milésimos.
Mas a melhor volta – e novo recorde extra-oficial para a classe – foi de Jack Hawksworth, dando mais 35 pontos ao #14 da Vasser Sullivan – 1’59″247 para o britânico.
Bia Figueiredo, Christina Nielsen e Katherine Legge partem da 10ª posição do grid entre os 13 carros da GTD.
O canal A Mil Por Hora com Rodrigo Mattar no YouTube terá atualizações ao vivo do panorama da corrida durante as 12h de Sebring.