WEC, 6h de Fuji: Toyota abre primeiro dia na ponta

SÃO PAULO – Três anos depois da última, por conta da Pandemia do Covid-19 que assolou o mundo a partir do início de 2020, o Mundial de Endurance (FIA WEC) retornou ao Japão para a disputa das 6h de Fuji, que acontecem neste fim de semana. A pista, de propriedade da Toyota, recebe os carros da categoria pela 8ª vez desde 2012.

Por sinal, com um BoP mais favorável após a derrota em Monza, os GR010 Hybrid ficaram à frente de Alpine e Peugeot (a Glickenhaus, por questão de custos, não fez a viagem até o Oriente) nos dois primeiros treinos desta sexta-feira. O #8 cuja tripulação precisa reduzir os 10 pontos de diferença que separa Brendon Hartley, Ryo Hirakawa e Sébastien Buemi da dianteira, foi o mais rápido do primeiro treino com 1’31″171. Na segunda sessão, Kamui Kobayashi cravou uma de suas voltas de costume e fez o melhor tempo do dia com o #7 em 1’29″948, 0″225 abaixo do outro carro do construtor oriental.

Ademais, a Toyota segue com o mesmo BoP em relação à potência da sua unidade de força, porém com 1053 kg de peso mínimo, o que acarreta num menor desgaste de pneus. A rival Peugeot, que estreou seu 9X8 em Monza com diversos problemas de confiabilidade mecânica, tem um carro mais pesado com 1061 kg e dois cavalos melhor em seu motor V6 Biturbo em relação aos japoneses.

A melhor volta do novo carro no TL2 foi em 1’31″194, um segundo inteiro e mais uns ‘quebradinhos’ mais lenta que a Toyota. A Peugeot joga com mais confiança em seu projeto onde a eficiência aerodinâmica vem do downforce gerado pelo assoalho e pelo difusor – e não pelas asas traseiras.

Já o Alpine A480 de André Negrão (único brasileiro presente à corrida) e dos parceiros Mathieu Vaxivière e Nico Lapierre perdeu quase 35 cavalos de potência no motor. É o sexto BoP que atinge o carro azul – praticamente todos desfavoráveis aos franceses. O protótipo segue com 952 kg de peso mínimo e 752 MJ/stint de energia a dispender, contra 909 MJ/stint dos Peugeot e 905 MJ/stint dos Toyota.

Os líderes da temporada fecharam o dia com o 4º tempo – 1’31″362, porém a 1″414 do ritmo dos rivais.

Na LMP2, a Jota liderou o pelotão com o #38 de Antonio Félix da Costa/Roberto González/Will Stevens, com a marca de 1’32″351. O time britânico fez 1-2 com a United Autosports USA em 3º na classe com o #22 e a AF Corse foi a melhor entre os três times inscritos na LMP2 Pro-Am, onde a ARC Bratislava não se fez presente.

O Team WRT, que representará a BMW no WEC e em Le Mans com o novo M Hybrid V8 concebido na plataforma Dallara, fechou o top 10 geral e foi quinto da classe com o #31 de Robin Frijns/Dries Vanthoor/Sean Gelael. A equipe confirmou que segue na LMP2 em 2023 com dois carros.

Sem mudanças em relação a Monza, as Ferrari 488 GTE EVO da AF Corse dominaram os dois treinos livres na LMGTE-PRO, liderando a folha de tempos entre os cinco inscritos. A melhor volta do dia na classe foi do #51 de Ale Pier Guidi e James Calado, com 1’37″682, ensanduichando os dois Porsche oficiais com o #52 de Antonio Fuoco e Miguel Molina em quarto. Vencedor da etapa anterior, o Corvette ganhou 10 kg adicionais de lastro e ficou em quinto na classe. Os Porsches estão com mais combustível no reservatório (104 litros) e mais leves em 5 kg.

Entre os LMGTE-AM, a volta mais rápida foi estabelecida no FP1, onde o Team Project 1 colcou-se na frente do pelotão. O Porsche de Matteo Cairoli/Niki Leutwiler/Mikkel O. Pedersen foi somente 0″003 melhor que o Aston Martin da D’Station guiado por Charlie Fagg/Tomonobu Fujii/Satoshi Hoshino. No TL2, dobradinha Ferrari com o #85 das Iron Dames superando a Iron Lynx por 0″015.

Neste sábado, os carros voltam para o terceiro treino livre com duração de 60 minutos – as sessões de sexta tiveram 90 cada – às 22h20 de Brasília (desta sexta). O treino de classificação, com 10 minutos de pista aberta para LMGTE-PRO e LMGTE-AM, depois com Hypercars e LMP2 começa de madrugada, a partir de 2h40.

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