Chave de ouro: Marciello confirma título absoluto do GTWC Europe e trinca da Akkodis-ASP é campeã na série Endurance

RIO DE JANEIRO – O ano perfeito: o italiano Raffaele Marciello, de 27 anos e antiga cria da Ferrari Driver Academy (FDA) é o campeão absoluto do Fanatec GT World Challenge Europe – congregando Sprint e Endurance – em 2022.

O piloto do Akkodis-ASP foi campeão nas duas séries: venceu com Timur Boguslavskiy como parceiro a série das provas disputadas em duas baterias de 60 minutos e, nos eventos de longa duração, teve a companhia do espanhol Dani Juncadella e do francês Jules Gounon. O 5º lugar bastou para a equipe de Jerôme Policand se consolidar como a melhor do ano, destronando o Team WRT do posto.

A trinca do Mercedes-AMG GT3 #88 derrotou o italiano Antonio Fuoco por dois pontos (89 a 87), nas 3h de Barcelona conquistadas pelo Porsche 911 GT3-R da Dinamic Motorsport conduzido por Matteo Cairoli/Klaus Bachler/Alessio Picariello, que completou 97 voltas e deixou justamente a Ferrari da Iron Lynx guiada por Fuoco e os parceiros Alessio Rovera e Ale Pier Guidi em segundo após largarem da pole position.

Ausentes em Barcelona por servirem à Risi Competizione na Petit Le Mans, sacrificando as chances de título, Davide Rigon e Daniel Serra dividiram o 3º lugar entre os pilotos da Pro Cup com 68 pontos somados. Com a vitória de domingo, Klaus Bachler terminou o ano em quarto e o holandês Steijn Schothorst, além do alemão Luca Stolz, completaram o top 5.

O pódio das 3h de Barcelona foi completado pela Emil Frey com o Lamborghini guiado por Albert Costa Balboa/Jack Aitken/Mirko Bortolotti, precedidos pelo Team WRT e os então campeões absolutos Charles Weerts e Dries Vanthoor, além do suíço Ricardo Feller.

Foi a última prova do time belga com as cores e os carros da Audi: em 2023, o time de Baudour, na Bélgica, vai andar de BMW M4 no GT World Challenge Europe, como parte do acordo que faz da WRT a equipe de fábrica da marca no FIA WEC, o Mundial de Endurance, em 2024.

Augusto Farfus e os parceiros Phillipp Eng e Nick Yelloly terminaram na nona posição com a BMW M4 GT3 da ROWE Racing. Com este resultado, o brasileiro chegou a 34 pontos e ao 12º lugar na classificação final do certame.

Na Silver Cup, com o título já definido desde Hockenheim, mesmo assim a trinca formada por Benjamin Goethe/Thomas Neubauer/Jean-Baptiste Simmenauer venceu a disputa na divisão (terceira vitória em cinco provas na temporada) ao terminarem em 11º na geral, superando o McLaren da Garage 59 que foi a maior surpresa dos treinos classificatórios – absolutamente velocíssima – e conduzida por Nikolai Kjaergaard/Manuel Maldonado/Dean McDonald.

Mesmo terminando em 6º lugar na classe na última disputa do ano, o trio formado por Marius Zug/Alex Aka/Nicholas Schöll levou o vice-campeonato de pilotos na série de Endurance, três pontos à frente de Konsta Lappalainen e Stuart White.

A Gold Cup teve o mais polêmico resultado do fim de semana: o Mercedes-AMG da Winward venceu na pista após uma manobra nada leal do austríaco Lucas Auer contra um carro do mesmo fabricante, só que da HRT de Hupert Haupt, com o indiano Arjun Maini a bordo – e o carro #5 levaria a pior, sendo retirado do evento.

Como efeito, o incidente foi investigado e o trio formado por Auer, Lorenzo Ferrari e Jens Liebhauser perdeu a vitória na classe e cinco posições, sendo punido para 6º na categoria. A vitória foi herdada pela JP Motorsport e o McLaren 720S GT3 de Maciej Blazek/Patryk Krupinski/Norbert Siedler.

O título da divisão esteve nas mãos da trinca das Iron Dames, vencedoras da subclasse nas 24h de Spa-Francorchamps. Após um primeiro stint avassalador da dinamarquesa Michelle Gätting, Rahel Frey herdou a Ferrari #83 na liderança e tudo caminhava muito bem. Porém, uma quebra de câmbio jogou por terra as esperanças das valentes meninas, que ficaram com o vice-campeonato, com os mesmos 77 pontos que também foram alcançados por Ralf Böhn/Robert Renauer/Alfred Renauer.

Assim, a Inception Racing ficou com a taça, mesmo terminando em sétimo e último entre os carros da classe que receberam a quadriculada – largaram 49 e finalizaram 35 – com um esforço incrível de Brendan Iribe em viajar mais de 7000 km de avião entre Atlanta e Barcelona para levar o título junto a Frederik Schandorff e Ollie Millroy.

O ex-CEO da Oculus disputou a primeira fase da Petit Le Mans sábado, cumpriu o tempo mínimo obrigatório de 2h30min para um piloto de graduação bronze e voou da capital da Geórgia para a Catalunha, chegando a tempo de disputar a corrida. Foi o único a fazer isso e o longo deslocamento do diletante estadunidense ao atravessar o Atlântico  foi recompensado com a conquista do campeonato – mesmo com um furo de pneu quando Schandorff estava a bordo.

Por fim, na Pro-Am Cup venceu a SPS Automotive Performance com Ian Loggie/Dominik Baumann/Valentin Pierburg, mas o título é da AF Corse com Louis Machiels/Stefano Costantini/Andrea Bertolini, que terminaram em 3º na classe mesmo sem ter recebido a quadriculada – o trio do carro #52 fez o total de voltas suficiente para obter classificação e assim somou 118 pontos – dezessete a mais que Baumann e Pierburg, que ficaram com o vice.

Comentários