Super GT: Impul quebra longa escrita e João Paulo de Oliveira é bicampeão na GT300

RIO DE JANEIRO – Acabou neste último fim de semana uma longa escrita. O Team Impul, do lendário Kazuyoshi Hoshino, é campeão do Super GT no atual formato pela primeira vez em sua história. A escuderia não vencia uma temporada no automobilismo japonês desde 1995, quando Kaoru Hoshino e Yoshimi Ishibashi levaram o título da subdivisão GT2 no então chamado All-Japan Grand Touring Car Championship, denominação que perduraria entre 1993 e 2004.

No domingo passado, Kazuki Hiramine e Bertrand Baguette levaram o Nissan Fairlady Z com o dorsal #12 à conquista histórica no circuito Mobility Resort Motegi, alcançando o 2º lugar na última etapa da temporada 2022. Com o resultado, a dupla chegou a 70,5 pontos, superando por três pontos e meio os vice-campeões Mitsunori Takaboshi e Katsumasa Chiyo, que defenderam a Nismo/NDDP.

A dupla campeã venceu somente uma etapa – a quinta, em Suzuka. Conquistaram mais três pódios e pontuaram em sete oportunidades. É o primeiro título de ambos na GT500 e logo na estreia de Baguette como piloto Nissan.

Naoki Yamamoto e Tadasuke Makino, que largaram da pole position na última prova, tinham a improvável missão de ganhar e torcer por uma combinação de resultados que não veio. A dupla acabou por fazer a parte dela na pista, vencendo. Mas terminaram o ano mesmo com o 3º lugar, a oito pontos e meio dos campeões.

A melhor formação Toyota após duas duplas da Nissan e mais duas da Honda veio em 5º com Kenta Yamashita e Kazuya Oshima tendo ganho apenas a rodada inicial em Okayama e somado um pódio agora na última etapa. E só. De resto, o fabricante do Supra ganhou mais uma em Fuji, enquanto Nissan e Honda tiveram, cada uma, três vitórias em 2022.

Na GT300, o brasileiro João Paulo de Oliveira tornou-se o primeiro piloto estrangeiro no atual formato de disputa a ser campeão. Aliás, em três anos, João Paulo foi duas vezes campeão – sempre na dupla com Kiyoto Fujinami no Nissan GT-R Nismo da Realize Kondo – e uma vez vice, ano passado.

Na última etapa, JP e Fujinami passaram sufoco: chegaram a ter uma roda perdida durante a disputa no Mobility Resort Motegi e isso os fez terminar em 19º na classe. Mas os mais diretos competidores nem chegaram perto: os então campeões Takuto Iguchi e Hideki Yamauchi completaram logo atrás dos então líderes do campeonato após partirem do fim da fila por conta de um acidente durante os treinos e o 3º colocado na tabela, Ritomo Miyata, chegou apenas em oitavo – insuficiente para impedir a conquista de Oliveira e Fujinami.

A vitória na última etapa foi do Honda NSX GT3 da ARTA conduzido por Iori Kimura e pelo veterano Hideki Mutoh. Kosuke Matsuura e Natsu Sakaguchi levaram um dos Lamborghini Huracán da JLOC ao 2º lugar e Hiroki Yoshida/Kohta Kawaai completaram o pódio no Toyota da Saitama Toyopet Green Brave.

Augusto Farfus completou a corrida em 9º lugar com o BMW M4 GT3 dividido com Seiji Ara. Por não ter disputado todas as etapas por conta de diversos outros compromissos, o piloto do BMW Team Studie completou o campeonato em 25º, com oito pontos somados.

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