Asian Le Mans Series: vai começar mais um “Campeonato dos Emirados Árabes”

Classe de 2023

RIO DE JANEIRO – A temporada 2023 do Asian Le Mans Series começa neste fim de semana no formato “tiro curto” como vem acontecendo desde 2021 por conta da Pandemia do Covid-19. Como a direção da categoria, por precaução, não visita outros países do Oriente por conta de restrições sanitárias – Malásia, China, Japão, Tailândia e Austrália já fizeram parte da série e desde 2020 não recebem mais a competição, que pela terceira oportunidade em sequência vira um “Campeonato dos Emirados Árabes”, na bolha de Dubai e Abu Dhabi.

As quatro etapas serão em dois finais de semana – este, com etapas sábado e domingo e no outro. Uma no circuito de Dubai e a outra em Yas Marina, todas com duração de quatro horas e o grid definido pelas duas melhores voltas de cada carro nas sessões classificatórias. A primeira vale para a prova #1 de cada rodada dupla e a segunda, evidentemente, para a rodada #2.

A organização confirmou o total de 48 carros que fora anunciado previamente quando a lista de inscritos em cada uma das classes foi divulgada. Serão nove protótipos LMP2, quinze LMP3 e 24 GTs em busca de vagas diretas para a edição dos 100 anos das 24 Horas de Le Mans, em junho. Com a decisão dos participantes diretos via AsLMS, o ACO poderá fazer a divulgação oficial dos 62 titulares para a prova de 2023. Mas a foto registra um a menos: o Aston Martin #95 da TF Sport não chegou a tempo por problemas de logística para a fotografia – mas o carro de John Hartshorne/Henrique Chaves/Jonathan Adam estará em Dubai para as atividades de pista na sexta-feira.

Na relação de nove LMP2 confirmados com trincas Pro-Am, são oito os times – a United Autosports é a única com dois carros e muitas escuderias com experiência no WEC, IMSA, ELMS e 24h de Le Mans. A exceção talvez seja a 99 Racing, de bandeira britânica, que trouxe de volta o controverso Nikita Mezepin e tirou Felix Porteiro de um esquecimento de mais de uma década para voltar a guiar. O terceiro piloto seria Ben Barnicoat, mas será Neel Jani, antigo piloto da Porsche no Mundial de Endurance.

Na LMP3, estão inscritas 10 escuderias – a Rinaldi Racxing atua com dois nomes diferentes – e a organização polonesa Inter Europol Competition ataca com três carros. São doze modelos Ligier e apenas três Duqueine no campeonato. Muitas caras novas e diversos pilotos usando o AsLMS como ‘treino’ para se adaptar a carros diferentes do que vinham guiando até o ano passado.

A competição entre os Grã-Turismo será a mais acirrada, sem qualquer sombra de dúvida, porque estamos falando de um grid com 24 carros – sozinho já daria um baita campeonato, aliás – com sete construtores diferentes no plantel, sendo Aston Martin, Porsche e Mercedes-AMG as mais representadas, com cinco carros cada – e 15 organizações diferentes, porém com nomes fantasia distintos. Exemplo: a CarGuy, que disputará o WEC na LMGTE-AM, inscreveu uma Ferrari sob a tutela da Kessel Racing, equipe que terá Felipe Fraga, o único brasileiro inscrito. Fraga vai no carro #74 junto a David Fumanelli e ao piloto bronze, o polonês Michael Broniszewski, que há anos é cliente do time de Ronnie Kessel.

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