Lynk & Co varre em Macau e quatro vão pelo título do WTCR

Com mais duas vitórias, Yvan Muller está muito no páreo pelo título do WTCR. A final será em dezembro, no circuito malaio de Sepang

RIO DE JANEIRO – Macau é uma antiga possessão portuguesa devolvida à China – a vários quilômetros dali fica a sede do grupo Geely, que deve ter ficado felicíssimo com o que viu neste fim de semana no Circuito da Guia.

É que os Lynk & Co. 03 da equipe Cyan Racing deitaram e rolaram pelo traçado de 6,12 km de extensão. Três vitórias nas três provas da nona e penúltima rodada da temporada 2019 do FIA WTCR, com dois pilotos entrando de vez na batalha pelo título.

Foi o chamado fim de semana perfeito (ou quase) para o veterano Yvan Muller, que emplacou a maior pontuação do fim de semana e ganhou duas vezes. O francês de 50 anos dominou a prova #1 com Norbert Michelisz satisfeito com a 2ª posição e hoje, na prova #2, contou com a ‘colaboração’ do sobrinho Yann Ehrlacher.

Um pequeno erro do jovem piloto francês deu a Muller a chance da liderança e da dobradinha com Thed Björk. Em ambas as etapas, Kevin Ceccon foi ao pódio – na prova #1, numa estranha tirada de pé (não para quem entendeu o jogo de equipe da Lynk & Co.), o britânico permitiu mais pontos para o colega sueco de escuderia.

Andy Priaulx resistiu à enorme pressão de Rob Huff e liderou a prova #3 de ponta a ponta

Na prova #3, que o Fox Sports 2 exibiu ao vivo, a disputa foi um voo solo de quatro pilotos: Andy Priaulx, Rob Huff, Jean-Karl Vernay e Johan Kristoffersson pareciam estar noutro planeta, com um ritmo de prova muito acima dos demais.

E a largada decidiu tudo: o pole Huff deu uma destracionada com seu Volkswagen Golf e Priaulx, com a classe que Deus lhe deu, conquistou uma vitória redentora em seu retorno aos carros de tração dianteira.

Atrás – muito atrás, aliás, Muller contou com a colaboração de Björk para diminuir a desvantagem em relação a Norbi Michelisz e ao argentino Estebán Guerrieri, quarto colocado na prova #2. O piloto sul-americano conseguiu um resultado que o deixa a nove pontos do húngaro da BRC Hyundai antes da decisão em Sepang.

Só que Muller baixou a diferença para 11 pontos com os 65 que conquistou em Macau e Björk, a 28 pontos de Michelisz, também tem chance. Afinal, são 85 pontos no máximo que estarão em jogo na Malásia – 25 por cada vitória nas três provas e cinco pelas poles das provas #1 e #3.

E não será surpresa se Yvan Muller atropelar os adversários na reta final. Os Lynk & Co. gostam de pistas velozes e com retas para despejar potência. A pista da última etapa é à feição dos azuis. Mas tudo pode acontecer na decisão!

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