MotoGP no Brasil? E em que autódromo?

RIO DE JANEIRO – Leio hoje que a Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) afiançou num evento da Honda que o país voltará a sediar uma corrida do Mundial de MotoGP já no próximo ano. O presidente da entidade, Firmo Lopes, disse categoricamente que o Brasil tem “potencial” para sediar grandes eventos, já que esse ano teremos etapa do Mundial de Motocross em Penha, balneário catarinense e em Macaé, litoral norte do Rio de Janeiro – sem contar o Rali dos Sertões, principal evento off road a nível internacional, com homologação da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).

Urge, em meio a tanto entusiasmo, perguntar: em que autódromo o GP do Brasil de Motovelocidade voltará a ser realizado?

Cabe lembrar que o mais adequado para o evento, o nosso melhor circuito, foi destruído sem nenhuma dó e piedade à guisa de se erguer um Parque Olímpico no terreno em que um dia Valentino Rossi foi campeão mundial. Após o cancelamento da corrida disputada em Jacarepaguá entre 1995 e 2004, com uma interrupção em 1998, quando a FIM vetou a disputa do GP do Brasil por problemas de segurança, o Brasil ficou fora do calendário todo esse tempo.

E é bom dizer, também, que nuestros hermanos da Argentina já têm autódromo quase pronto para sediar a corrida local, que deve enfim entrar no calendário em 2014: é o circuito de Termas de Río Hondo. E nós, o que temos, afinal?

Quer dizer: temos um dirigente entusiasmado, uma “promessa” e não temos autódromo. Alguém, realmente, está surpreso?

Parabéns aos envolvidos. É melhor não compartilhar a notícia com tanto entusiasmo assim. Adoraria ver o GP do Brasil de volta. Mas, sem um único autódromo decente, fica difícil acreditar que este projeto saia enfim do papel.

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