Bühk e Götz vencem no Blancpain Sprint em Nogaro

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RIO DE JANEIRO – Após um domingo com vitória brasileira na corrida classificatória da Coupe de Pâques, em Nogaro, a segunda-feira não teve pódio de nenhum piloto do país no Blancpain Sprint Series. Não obstante o Audi de Cesar Ramos/Laurens Vanthoor nem ter conseguido largar, faltou fôlego à BMW de Sérgio Jimenez/Cacá Bueno, que esteve com o pódio nas mãos após Jimenez, um dos melhores pilotos do fim de semana, ter liderado a corrida principal em seu início.

Sem a presença dos vencedores do domingo, fora de combate graças a um enrosco nas voltas de formação com o Audi de Niki Mayr-Melnhof/Markus Winkelhock, a corrida, disputada com frio e pista seca, foi ganha pela Mercedes SLS AMG GT3 da  HTP Motorsport, guiada pelos alemães Maximilian Bühk/Maximilian Götz. A dupla do carro #84 alcançou a ponta logo na quarta volta, quando Bühk superou Jimenez. No pit stop, Götz assumiu e consolidou a liderança da “Gaivotinha”, embora o carro #3 da G-Drive Racing, guiado por Grégory Gulivert e Stéphane Ortelli tenha dado muito trabalho. Ao fim de 41 voltas, a dupla chegou menos de dois segundos atrás dos alemães.

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Cacá Bueno assumiu o posto de Jimenez após a parada obrigatória, mas nos últimos momentos da disputa sua BMW já não estava tão competitiva quanto no início. O pentacampeão da Stock Car perdeu o pódio ao ser ultrapassado pelo Audi de Mateusz Lisovski/Vincent Abril – que realizaram ótima corrida – e pela outra Mercedes da HTP Motorsport, guiada por Stef Dusseldorp/Sergey Afanasiev.

“Nosso carro não estava bom hoje. Esperávamos ser superados pelos Audis, mas não pela Mercedes. Resistimos bravamente o quanto pudemos. Paramos logo para a troca de pilotos, saí rápido com pneu zero, mas os pneus não aguentaram até o final e o carro ficou bastante desequilibrado. Quando o Audi chegou, faltando 1min40 para o final da prova, eu não tinha o que fazer. Forcei o ritmo, mas com o pneu gasto eu tinha pouca aderência e não conseguia frear direito e não deu para segurar. Quase beliscamos o pódio, mas no geral deu pra perceber que a temporada promete ser melhor e estamos evoluindo”, analisou Bueno.

Após os problemas da véspera, o Lamborghini de Hari Proczyk/Jeroen Bleekemolen avançou da 17ª e antepenúltima posição do grid para chegar em sexto (com direito à melhor volta da prova), adiante de Enzo Ide/René Rast, que por terem sido excluídos do resultado final da primeira prova também largaram do fim do pelotão. A dupla do carro #2 acabou em sétimo, seguida por Fabio Onidi/Giorgio Pantano, Alessandro Latif/Marc Basseng e Filip Salaquarda/Andrea Montermini.

Já Nelsinho Piquet/Matheus Stumpf não tiveram sorte: a dupla ocupava a 7ª posição após o revezamento obrigatório, com Piquet a bordo da BMW #21, quando um dos pneus do carro começou a esvaziar. O jeito foi levar como dava e eles chegaram num distante 15º lugar.

Com a vitória, Bühk/Götz começam na liderança do Blancpain Sprint Series, somando 27 pontos contra 21 de Gulivert/Ortelli e 15 de Abril/Lisovski. Sérgio Jimenez e Cacá Bueno ocupam o 4º lugar com 14 pontos. Cesar Ramos é o sétimo, com oito.

Resultado da Main Race do Blancpain Sprint Series em Nogaro:

1 – Buhk-Gotz (Mercedes SLS) – HTP – 41 voltas
2 – Guilvert-Ortelli (Audi R8 LMS) – G-Drive – 1″721
3 – Lisowski-Abril (Audi R8 LMS) – WRT – 29″602
4 – Afanasiev-Dusseldorp (Mercedes SLS) – HTP – 30″677
5 – Bueno-Jimenez (BMW Z4) – Team Brasil – 32″513
6 – Proczyk-Bleekemolen (Lamborghini) – Grässer – 33″589
7 – Ide-Rast (Audi R8 LMS) – WRT – 34″031
8 – Onidi-Pantano (McLaren MP4-12C) – BhaiTech – 37″858
9 – Latif-Basseng (Audi R8 LMS) – Phoenix – 52″727
10 – Salaquarda-Montermini (Ferrari 458) – Villorba – 1’00″637

Classificação do campeonato:

1. Maximilian Bühk/Maximilian Götz – 27 pontos; 2. Grégory Gulivert/Stéphane Ortelli – 21; 3. Vincent Abril/Mateusz Lisovski – 15; 4. Cacá Bueno/Sérgio Jimenez – 14; 5. Sergey Afanasiev/Stef Dusseldorp – 13; 6. Hari Proczyk/Jeroen Bleekemolen – 9; 7. Cesar Ramos/Laurens Vanthoor – 8; 8. Niki Mayr-Melnhof/Markus Winkelhock e Rene Rast/Enzo Ide – 6; 10. Fabio Onidi/Giorgio Pantano – 4; 11. Alessandro Latif/Marc Basseng – 2; 12. Filip Salaquarda/Andrea Montermini – 1.

Comentários

  • Não sei a natureza do contrato que esta equipe tem para ter um BMW z4, mas se pudessem trocar de carro para o ano, seria o ideal. Mercedes ou Audi. Porque com esse carro não há muitas chances para a equipe brazuca.

      • Quando o Hermann comprou os carros, em 2012, se não me engano, foram intitulados como o time oficial da fábrica para a disputa do (finado) GT3 brasileiro daquele ano. Hoje parece que não é bem assim…
        Aacho que falta a este certame também uma AF Corse, que traria o F458 com força para disputar vitórias e título…assim como alguma equipe com Porsche…lembrando que o Próprio Hermann já teve Porsches em sua equipe, em 2009.

  • Tem coisas que só acontecem com brasileiros, falta de sorte pro C.Ramos, Nelsinho, ontem na Fia Wec com Lucas e F.Massa na F1, Sem contar o pai de todos os azarados Rubens Barrichello, todos são bons pilotos, porém carregam um excesso azar.
    O carro do Cacá Bueno/Sérgio Jimenez acredito que estavam com problemas, segurando todo mundo, enquanto Piquet/Matheus que veio das ultimas posições e não fosse o excesso azar, poderia ate chegar ou ate mesmo passar o Cacá se tivesse mais tempo.
    Estranho também foi o desempenho da equipe Bhai tech racing, que andou muito bem no International Open GT e na Blancpain Sprint não foram competitivos. Que venha logo Brands Hatch.

  • Nao concordo com o Caca quando diz que esperava ser superado por Audis mas nao pelas SLS…sao carros fortissimos, assim como os Audis.
    Alias, alwm do Z4, precisam rever o BoP tambem para os Mclaren e para as F458…

  • O BOP para a Ferrari e para as McLaren já foram revistos e eles andam bem em outros circuitos. A McLaren sofre principalmente pelo desenvolvimento do carro lento demais. Mas esse ano já se mostrou competitivo nas 12 Horas de Bathurst e em Monza por exemplo. É mais rápido de reta que a Mercedes SLS e troca de direção muito bem mas gasta bastante pneu. O Audi é melhor em curvas de alta velocidade, na hora de trocar de direção, na frenagem e é de longe o carro que melhor trata os pneus em provas mais longas. A Ferrari é muito boa de reta e em curva de média e consome pneu no mesmo nível que a McLaren. A Lamborghini é muito boa de downforce, foi construída pra isso, de freios é ainda melhor, boa na tração pra saída de curvas mas perde em velocidade final e resistência e destrói os pneus. A BMW realmente parece ser a mais prejudicada porque ela só é boa em tração na saída das curvas e downforce que ela tem demais que compromete a velocidade final e ainda tem menos potência que os outros e no final do stint os pneus estão acabados. Talvez devessem liberar um pouco mais de potência pra BMW. Outros carros e suas características: o Aston Martin V12 Vantage GT3 é um foguete de reta e bom de curva de média e apenas razoável em curva de baixa e alta falando de aderência. Da parte da potência ele muito torque e o gasto de pneus é padrão Ferrai e Mclaren. Outro que foi feito pra ter torque, foi o Nissan GT-R Nismo GT3 que tem ótima velocidade final, mas em curva não é tão bom assim e gosta de comer um pneuzinho. Porém ele tem um sistema avançado de ar condicionado. A Mercedes SLS é equilibrada: só perde em velocidade final para a McLaren por 1 ou 2 Km/h, em curvas de alta acompanha o Audi, em curva de baixa tem torque no V8 para pegar a BMW e gasta pneu o suficiente pra abrir vantagem parar e voltar na frente. Anda bem em todas as pistas menos Monza e no Super GT que não tem o apoio de fábrica. no resto é dominante. É um carro fantástico.