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Automobilismo Internacional

Antes da tragédia

RIO DE JANEIRO – Esta é uma rara foto do mexicano Pedro Rodriguez a bordo da Ferrari 512M da equipe Herbert Müller Racing Team. Com ela, o piloto largou em 11 de julho de 1971 para a última corrida de sua vida, as 200 Milhas de Nörisring, no mesmo circuito de rua que hoje tem […]

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RIO DE JANEIRO – Esta é uma rara foto do mexicano Pedro Rodriguez a bordo da Ferrari 512M da equipe Herbert Müller Racing Team. Com ela, o piloto largou em 11 de julho de 1971 para a última corrida de sua vida, as 200 Milhas de Nörisring, no mesmo circuito de rua que hoje tem provas do DTM e de F3 Europeia.

Então com 31 anos e guiando para a Porsche no World Sportscar Championship e para a BRM no Mundial de F1, Pedro aceitou o convite de Herbert Müller, que estava num carro idêntico, com o número #70, para disputar essa prova em duas baterias. O mexicano largou em 2º num grid de 21 carros ao lado do pole position Chris Craft, num McLaren Can-Am da Ecurie Evergreen.

Rodriguez vinha em boa posição na primeira bateria quando de repente o piloto alemão Kurt Hild, num Porsche 910 Spyder que vinha em ritmo muito mais lento, pois era retardatário, mudou de direção sem nenhum aviso prévio e o mexicano nada pôde fazer para evitar o violento contato com o outro carro. A Ferrari se despedaçou por completo, o tanque de combustível rompeu-se e houve incêndio. E nada pôde ser feito para evitar a tragédia.

A morte de Pedro Rodriguez causou comoção em seu país. O narrador de rádio Héctor Martinez Serrano, da XEW Radio, foi o primeiro a anunciar a infausta notícia às 9h30 locais, seguido do âncora Jacobo Zabdulovsky, no noticiário Hoy Domingo. O piloto juntou-se ao irmão Ricardo Rodriguez, falecido nove anos antes. Os restos mortais de ambos estão no Panteão Espanhol da Cidade do México.